“Como reagiria Moscou, se os terroristas destruíssem bairros inteiros da capital? Como reagiria Pequim, se os terroristas cortassem a cabeça dos seus bebês? Vou lhes dar um momento para pensarem sobre isso, mesmo que vocês nem precisem de um momento. Todos sabemos exatamente como vocês reagiriam.”
Essas e outras perguntas incrementaram o discurso do embaixador de Israel na Organização das Nações Unidas (ONU), Gilad Erdan, durante uma reunião do Conselho de Segurança.
Nesta quarta-feira, 25, os representantes dos países que compõem a ONU se reuniram a fim de discutir possíveis soluções para o conflito que envolve Hamas e Israel.
‘Suas decisões me chocaram profundamente’
Depois de ouvir os discursos dos diplomatas russo e chinês, que vetaram a proposta dos norte-americanos sobre a guerra no Oriente Médio, o representante israelense demonstrou indignação. Isso porque o texto proposto pelos Estados Unidos concederia a Israel o direito de se defender dos recentes ataques terroristas.
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“Para aqueles que votaram contra a resolução, devo dizer: suas decisões me chocaram profundamente”, afirmou Erdan. “Em Israel, estamos lutando por nossa sobrevivência.”
O embaixador israelense relatou que seus pais estão resistindo aos bombardeios dos terroristas há 20 dias.
“E vocês não podem condenar os ataques, mesmo que esses ataques sejam contra civis, perpetrados por organizações terroristas?”, interpelou Erdan, ao mirar os representantes russo e chinês. “Se os seus países enfrentassem massacres similares, tenho certeza de que vocês agiriam com muito mais força do que Israel.”
Voto a voto
Além da Rússia e da China, os Emirados Árabes Unidos votaram contra a proposta norte-americana. Outros dez membros do Conselho de Segurança da ONU votaram a favor e dois se abstiveram (Brasil e Moçambique).
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As votações deixaram clara a divergência de opiniões entre os cinco membros permanentes do grupo – Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China.
Para uma resolução ser adotada, é necessária a aprovação de pelo menos 9 dos 15 membros do conselho — e sem veto de nenhum dos cinco membros permanentes.
A reportagem completa sobre os votos dos países está neste link.
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