Populares há milhares de anos, os veleiros de madeira foram gradualmente substituídos por navios de carga movidos a diesel. Porém, segundo a reportagem da revista norte-americana Insider, o meio de transporte “arcaico” voltou a ser utilizado por algumas empresas internacionais de cargas marítimas.
A decisão de migrar dos navios de carga dependentes de combustíveis fósseis para veleiros é, além de benéfica, estratégica. De acordo com a Insider, os empresários adotaram a alternativa em virtude de a Rússia ter provocado uma disparada nos preços do petróleo e do gás natural por causa da invasão na Ucrânia.
“De repente, o mundo enlouqueceu completamente, e o preço do transporte quintuplicou”, explica Serge Picard, proprietário da William, empresa de comércio de café. Devido ao atual contexto, a empresa precisou comprar navios de madeira para usar na frota. “Na verdade, é mais caro e leva mais tempo enviar o produto por navio de contêiner.”
Os novos veleiros
O empresário disse ainda que os veleiros da empresa são mais modernos que os antigos navios de madeira. Um dos modelos se chama Ceiba, com três velas e um motor elétrico que pode ser carregado tanto por painéis solares quanto pela energia gerada pela hélice do meio de transporte.
Além da tecnologia, o veleiro da Café William pode transportar até 250 toneladas de carga ao longo das viagens. Apesar do entusiasmo, a empresa divulgou que o navio só deve navegar em 2023, já que ainda segue em processo de construção pelo estaleiro AstilleroVerde, na Costa Rica.
“Navios à vela têm um design incrível, que remonta a centenas de anos”, defende o construtor de barcos Julian Southcott. “Agora estamos vendo essa tecnologia antiga voltando nos dias modernos. Acho muito legal que você ainda possa levar algo para o outro lado do mundo com emissão zero, usando uma tecnologia antiga.”
Segundo uma pesquisa divulgada recentemente pela S&P Global Platts Analytics, empresa que fornece informações independentes sobre preços de commodities e energia, o transporte marítimo é responsável por emitir 2% a 3% do CO₂ do mundo.
Alguns vanguardistas já tomam suas posições.
Em algumas situações específicas, é viável sim. Com um bom planejamento, dá para viabilizar isso daí. Existem projetos de embarcações tocadas a energia eólica, utilizando-se dispositivos que honestamente ainda não tenho um conhecimento mais aprofundado, sei que existem protótipos já faz bastante tempo, inclusive intercalando energia eólica com células fotovoltaicas para carregar baterias em caso de falta de vento.
Os mares ficarao mais bonitos.