Enfermeiras britânicas do sindicato The Royall College of Nursing (RCN) iniciaram uma greve nesta quinta-feira, 15, em busca de melhores salários, diante da alta no custo de vida. A RCN informou que o ordenado das enfermeiras caiu 20%, por causa de reajustes abaixo da inflação desde 2010.
A greve arrebanhou cem mil integrantes da RCN da Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte, que não trabalharão entre as 8 horas e 20 horas (5 horas até 17 horas, no horário de Brasília). A paralisação se repetirá em 20 de dezembro.
Standing with 100% solidarity today supporting the #NursesStrike 💙
Quite a vibe outside St Thomas Hospital. You should have a wander over from the Tory Tower @RishiSunak @SteveBarclay and hear directly from our #Nurses
#OurNHSPeople #RCNStrike #FairPayforNursing pic.twitter.com/zK9usnjc8o
— Rachael Moses (@NHSRachaelM) December 15, 2022
Baixos salários são motivo de crise para enfermeiras
O enfermeiro de emergência Mark Boothroyd afirma que o elevado custo de vida gera “dificuldades para pagar as contas, o transporte e o aluguel”. Segundo Boothroyd, os enfermeiros recém-formados trabalham na área por até dois anos antes de abandonarem a profissão, por causa dos baixos salários.
“Fui para a enfermagem para cuidar de pacientes e, ao longo dos anos, minha capacidade de fornecer o nível de cuidado que meus pacientes merecem foi comprometida”, disse Andrea Mackay, enfermeira há sete anos, em entrevista à CNN. “A realidade é que enfermeiras do Reino Unido estão entrando em hospitais com falta de pessoa. O Serviço Nacional de Saúde da Grã-Bretanha (NHS, sigla em inglês) funciona com a compaixão e a boa vontade das enfermeiras há anos. É insustentável.”
O NHS britânico enfrenta dificuldades financeiras, sobretudo com a inflação no Reino Unido, em seu nível mais alto em quarenta anos.