Em referendo realizado neste domingo, 21, o governo do Equador aprovou a possibilidade de extradição de seus cidadãos. A medida faz parte do combate do crime organizado ao país, que atualmente vive um Estado de exceção por causa da criminalidade.
Cerca de 13,6 milhões de pessoas foram chamadas para ir até as urnas votar no referendo, que tem 11 perguntas sobre uma série de medidas de segurança — entre elas, a pauta sobre a extradição, que recebeu 65% de aprovação.
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Embora a presença militar já se faça presente por meio do decreto de Estado de exceção, as novas alterações devem dar um protagonismo maior às Forças Armadas no combate ao narcotráfico equatoriano. O referendo busca fazer com que as decisões para enviar agentes militares dependa apenas de um despacho do chefe da polícia local e do presidente do país, Daniel Noboa.
Daniel Noboa visa as eleições do Equador em 2025
Segundo o coordenador de Ciências Políticas da Universidade San Francisco, Pablo Medina, o apoio popular para a extradição pode não ter o resultado esperado por Noboa para as eleições de 2025. Segundo ele, a população vai exigir respostas rápidas em troca do apoio fornecido ao Executivo.
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“Os cidadãos vão dizer: ‘Demos todas as ferramentas que vocês disseram que eram extremamente importantes para poder lutar contra o narcotráfico e garantir a segurança’”, sugeriu Medina. “’Agora queremos os resultados’.”
Eleito para um mandato atípico de 18 meses, Noboa mantém uma aprovação de 69% do público. Ele declarou guerra às organizações ligadas a cartéis no México e na Colômbia, depois de uma onda de casos violentos no mês de janeiro. Cerca de 20 pessoas morreram nesse período.
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Gabriel de Souza é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob supervisão de Edilson Salgueiro
Devemos dar apoio ao NOBOA.
E depois, quando a mariscada sair, fazer o mesmo no Brasil.