Itália e Espanha se reúnem com líderes da União Europeia (UE) para discutir formas de evitar uma nova crise migratória na região. Os dois países receberam, em um único dia, mais de 500 migrantes africanos que chegaram pela costa em condições sub-humanas.
Na madrugada de 6 de outubro, a guarda costeira espanhola resgatou em três barcos 262 migrantes que tentavam chegar às Ilhas Canárias — arquipélago que pertence à Espanha e fica próximo à costa do Marrocos. Esse foi o segundo episódio de travessia ilegal na região em outubro.
No início do mês, outro barco chegou às Canárias com cerca de 300 pessoas. De acordo com a imprensa internacional, todas partiram da África Subsaariana, região composta de 47 países situados abaixo do Deserto do Saara.
Mais da metade dos imigrantes foi levada para o Porto de Los Cristianos, em Tenerife, e para Arguineguin, na Grã Canária. A outra parte teve como destino a Ilha de El Hierro, uma das menores do arquipélago das Canárias, com apenas 11 mil habitantes. Nos últimos seis dias, a ilha já recebeu cerca de 1,2 mil refugiados.
Saúde sobrecarregada em arquipélago da Espanha
De acordo com o chefe de governo das Ilhas Canárias, Fernando Clavijo, o sistema de saúde de El Hierro está sobrecarregado. Conforme explicou, o arquipélago espanhol vive uma “crise humanitária”.
“Sempre que um novo barco chega, os médicos precisam trabalhar por mais horas para conseguir dar conta não só da população local, como também dos migrantes”, relatou Clavijo.
O governo central da Espanha recorreu à UE para solucionar o aumento em massa das migrações irregulares.
Resgate no Mar Mediterrâneo
Também na manhã de 6 de outubro, um navio de resgate na costa da Líbia salvou 258 sírios e egípcios em duas operações distintas no Mar Mediterrâneo.
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O primeiro resgate envolveu um barco de madeira com apenas sete metros de comprimento, mas que transportava 162 pessoas. A tripulação incluía 17 mulheres e 29 menores de idade. Muitos deles se aglomeravam em uma área apertada abaixo do convés.
“O bote tinha motor, mas não tinha sistema de navegação”, descreveu Fulvia Conte, coordenadora de resgate do navio Geo Barents, administrado pela instituição Médicos Sem Fronteiras. “As pessoas passaram horas no mar, sem direção.”
Em entrevista à agência de notícias Associated Press, Fulvia disse que muitos desses migrantes estavam debaixo do convés, na barriga do barco, um local extremamente inseguro e sem ventilação. “Anteriormente, em outros resgates, equipes encontraram pessoas mortas abaixo do convés durante salvamentos.”
Barco transportava crianças
A segunda operação na costa da Líbia resgatou 96 pessoas. Um barco de madeira semelhante ao primeiro transportava nove crianças, principalmente da Síria, país do Oriente Médio que há 13 anos convive com uma guerra civil.
A Autoridade Marítima Italiana pediu à Geo Barents que levasse o grupo que estava na costa da Líbia ao Porto de Salerno, perto de Nápoles.
De acordo com estatísticas do Ministério do Interior da Itália, até 6 de outubro, quase 136 mil migrantes chegaram à Itália. Enquanto que, no mesmo período de 2022, 72 mil pessoas foram resgatadas.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, prometeu tomar “medidas extraordinárias” para lidar com o crescente fluxo de refugiados. A princípio, ela também conta com o apoio da UE para impedir uma grande crise migratória.
Mais 500 soldados para a causa islâmica. Imaginem o mal que esse povo todo pode fazer.
Uma pena: A tristeza tanto dos refugiados quanto da UE.
Uma vez resgatados, nunca mais retornam aos seus países.
Esquisito, somente homens adultos “refugiados em condições sub-humanas”?