Nesta quinta-feira, 15, o governo dos Estados Unidos anunciou a expulsão de 10 membros da missão diplomática russa e a aplicação de novas sanções à Rússia. As medidas ocorrem em resposta a recentes ataques cibernéticos e à interferência na eleição presidencial norte-americana de 2020, atos atribuídos à Moscou. Entre os agentes expulsos, estão representantes do serviço de inteligência russo.
“O presidente Biden assinou uma nova ordem executiva de sanções para demonstrar a determinação do governo em responder e impedir todo o escopo das atividades estrangeiras nocivas da Rússia”, informa o comunicado da Casa Branca à imprensa.
O documento proíbe as instituições financeiras norte-americanas de comprar diretamente dívida emitida pela Rússia após 14 de junho. O texto impõe sanções para seis empresas de tecnologia russas que são acusadas de colaborar com as atividades cibernéticas dos serviços de informação da Rússia. O governo Joe Biden também determinou sanções contra 32 entidades e pessoas acusadas pela Casa Branca de tentar, em nome do governo russo, “influenciar as eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos”.
Sobre às acusações de recompensas oferecidas pelos russos aos talibãs para atacar soldados norte-americanos, a Casa Branca se limitou a dizer que o tema está sendo tratado por “por canais diplomáticos, militares e dos serviços de informações”.
Parceria internacional contra a ocupação da Crimeia
O governo norte-americano anunciou uma parceria com a União Europeia, Reino Unido, Canadá e a Austrália, para impor sanções a oito pessoas e entidades “associadas à contínua ocupação e repressão na Crimeia” — região anexada pela Rússia em fevereiro de 2014, quando Biden era vice-presidente no governo de Barack Obama.
Tensão entre a Casa Branca e o Kremlin
As sanções anunciadas hoje ocorrem em um momento particularmente delicado das relações diplomáticas entre a Casa Branca e o Kremlin. As tensões foram agravadas depois das declarações recentes do presidente Joe Biden acusando o mandatário russo Vladimir Putin de ser um “assassino“.