O Departamento de Defesa dos Estados Unidos (EUA) informou, na sexta-feira 1º, um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia de US$ 425 milhões (cerca de R$ 2,5 bilhões).
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O pacote inclui interceptores de defesa aérea, munições para mísseis e artilharia, veículos blindados e armas antitanque. Essa assistência é parte do esforço contínuo dos EUA em apoiar as forças ucranianas em seu conflito com a Rússia.
Nos últimos 60 dias, Washington já forneceu cinco pacotes de assistência militar a Kiev. Desde o início de setembro, os EUA destinaram quase US$ 9 bilhões em ajuda à Ucrânia. De acordo com o Instituto Kiel, a administração do presidente Joe Biden já alocou mais de US$ 84 bilhões em apoio à Ucrânia desde o início do conflito no leste europeu.
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O objetivo deste apoio é fortalecer a capacidade defensiva da Ucrânia diante da agressão russa, fornecendo equipamentos e recursos necessários para a defesa do país. As autoridades americanas têm reiterado seu compromisso em apoiar a Ucrânia enquanto o conflito se desenrola.
EUA apoiam Ucrânia, enquanto Coreia do Norte apoia a Rússia
Se os Estados Unidos apoiam a Ucrânia no conflito, a Rússia recebeu, no mês passado, um grande suporte da aliada Coreia do Norte.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) afirmou que os norte-coreanos enviaram soldados ao território russo para combater na guerra. O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, confirmou a informação, que marca a primeira declaração oficial sobre a participação efetiva de Pyongyang no conflito.
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Rutte descreveu o envio das tropas como “uma escalada significativa da guerra ilegal da Rússia”. Ele afirmou que essas forças norte-coreanas estão na região de Kursk, no leste russo. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já havia mencionado o movimento dessas tropas com base em informações de inteligência do país.
Ainda conforme Zelensky, as tropas norte-coreanas devem ficar nas linhas de frente e participar ativamente do conflito. Ele destacou a necessidade de uma “reação firme e forte” por parte dos líderes globais em resposta à participação da Coreia do Norte no conflito.
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A tensão na região aumentou, especialmente depois de a Coreia do Sul informar que sua vizinha enviou 1,5 mil soldados — número que subiu para 3 mil e que pode atingir entre 10 mil e 12 mil até dezembro. A inteligência militar da Ucrânia revelou que as primeiras unidades já estão na Rússia e em treinamento em cinco bases militares.