O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai isentar a importação de automóveis do Canadá e do México. A medida, com validade de apenas um mês, foi anunciada pela Secretaria de Imprensa da Casa Branca nesta quarta-feira, 5.
Trump criou exceção às taxações impostas na última semana. Na ocasião, o governo dos EUA aplicou tarifas de 25% sobre produtos importados de ambos países. Segundo Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca, o presidente conversou com os líderes das montadoras Ford, General Motors (GM) e Stellantis.
“Falamos com as três grandes concessionárias de automóveis”, disse Karoline. “Vamos dar uma isenção de um mês para qualquer automóvel que venha pelo USMCA.”
+ Leia mais notícias de Mundo em Oeste
A porta-voz se refere ao Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA, sigla em inglês), estabelecido em 2018 para promover o livre-comércio entre os três países. Trump ainda busca negociar isenção para outros setores da indústria.
Em contrapartida, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, demonstrou indisposição em corresponder aos EUA e suspender as retaliações tarifárias. Contudo, na segunda-feira 3, o premiê decidiu colaborar depois de uma “boa conversa” com o presidente norte-americano.
EUA expressam preocupação com a segurança das fronteiras
O acordo trilateral engloba medidas de auxílio mútuo. Enquanto Trump propõe isenção tarifária, México e Canadá se comprometem a aprimorar a fiscalização das fronteiras para combater o tráfico de drogas em direção aos EUA.
“Eu disse a ele que muitas pessoas morreram por causa do fentanil, que passou pelas fronteiras do Canadá e do México, e nada me convenceu de que isso tenha parado”, alegou Trump. “Trudeau disse que melhorou, mas eu disse: ‘Isso não é bom o suficiente’.”
+ Leia também: “Opioide 50 vezes mais potente que a heroína causa 100 mil mortes nos EUA em 2023”
Segundo dados do Hospital Santa Mônica, instituição de auxílio psiquiátrico localizada em São Paulo, o fentanil é um opioide semelhante à morfina, mas 50 a 100 vezes mais potente.
Além disso, informações obtidas pela Universidade da Califórnia em Los Angeles e publicadas pelo Jornal da USP mostram que a droga causou a morte de 300 pessoas por dia nos EUA em 2023.
