O governo dos Estados Unidos informou na quarta-feira 4 que o país ainda reconhece a Assembleia Nacional da Venezuela eleita em 2015 e manterá a coordenação com o líder da oposição, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino venezuelano em 2019, “e outros indivíduos com ideias semelhantes”.
O reconhecimento de Guaidó pelos EUA como presidente interino legítimo foi questionado no final do mês passado, quando a Assembleia Nacional retirou-lhe o título e dissolveu seu governo.
Em uma coletiva de imprensa, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que os Estados Unidos ainda reconhecem a Assembleia eleita em 2015 como a “última instituição democrática remanescente” da Venezuela.
Kirby afirmou que os Estados Unidos iriam manter a coordenação com Guaidó e outros membros com ideias semelhantes” da legislatura da oposição.
O governo do ex-presidente norte-americano Donald Trump, assim como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e diversos países e organizações internacionais, reconheceu Guaidó como o presidente legítimo da Venezuela depois que o presidente Nicolás Maduro foi reeleito em 2018, em um pleito fraudado, que Washington e outros governos ocidentais chamaram de farsa.
Maduro manteve seu poder apoiado pelos militares venezuelanos, bem como por Rússia, China, Cuba e Irã.
O mandato de Juan Guaidó como presidente da Assembleia Nacional encerra em 5 de janeiro de 2023 e a próxima eleição presidencial do país deve ser realizado em 2024,
Nos últimos dois anos, diversos países de esquerda da América Latina voltaram a reconhecer o governo de Maduro como legítimo, medida que também será adotada pelo Brasil, sob Luiz Inácio Lula da Silva (PT).