Os Estados Unidos, a União Europeia (UE) e dez países latino-americanos rejeitaram, nesta sexta-feira, 23, a decisão da Justiça da Venezuela de validar a “reeleição” do ditador Nicolás Maduro. O Brasil ainda não se pronunciou.
Os outros países são Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.
Em um comunicado conjunto com os EUA e, os países latino-americanos afirmaram que a decisão “visa a validar os resultados não comprovados emitidos pelo órgão eleitoral”.
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Os EUA, que mantêm sanções contra a Venezuela, afirmam haver “evidências contundentes” da vitória do opositor Edmundo González Urrutia.
“A decisão carece completamente de credibilidade”, disse Vedant Patel, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano. A declaração foi feita em um comunicado, ao se referir às atas coletadas pela oposição e disponibilizadas on-line.
A líder da oposição, María Corina Machado, elogiou a declaração em seu perfil no Twitter/X. “Ninguém acredita na manobra grosseira do TSJ para esconder as atas que demonstram a vitória esmagadora de Edmundo González Urrutia”, afirmou. “O regime se equivocou: o que o TSJ decidiu foi a sua cumplicidade com a fraude do CNE. Longe de ‘encerrar o caso’, aceleraram o processo que isola e afunda Maduro ainda mais a cada dia.”
Atas mostram vitória de Edmundo González contra Nicolás Maduro
Documentos eleitorais, verificados por órgãos e jornais independentes, mostram que González Urrutia venceu.
“As planilhas de contagem de votos disponíveis publicamente e verificadas de forma independente mostram que os eleitores venezuelanos escolheram Edmundo González como seu futuro líder”, afirmou Patel.
O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), favorável ao chavismo, respaldou, nesta quinta-feira, 22, os resultados das eleições de 28 de julho apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). O órgão alegou hackeamento do sistema para não publicar as atas de votação.
Acusações de fraude
Nicolás Maduro pediu ao TSJ que validasse os boletins do CNE, que lhe deram 52% dos votos para um terceiro mandato (2025-2031). A oposição acusa o TSJ e o CNE de fraudar as eleições e alegam que González venceu.
A oposição publicou 25 mil atas de votação, cerca de 80% do total, verificadas de forma independente. A ditadura de Maduro afirma que são forjados.
Reações internacionais
O ditador venezuelano reagiu ao pronunciamento norte-americano com ironia, enquanto o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, pediu “respeito e não interferência” à comunidade internacional.
Os ditadores de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e da Nicarágua, Daniel Ortega, parabenizaram Maduro. Já o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, evitou questionar os resultados eleitorais. “Vamos esperar a divulgação das atas”, afirmou Obrador.
União Europeia
A Organização dos Estados Americanos e a União Europeia também refutaram a decisão do TSJ.
“Este resultado eleitoral tem que ser comprovado e até agora não vimos nenhuma prova”, afirmou Josep Borrell, alto representante da UE.
Algo de concreto precisa ser feito, não adianta essas manifestações . A solução é armar a oposição para que ela tome o poder. Enquanto é possível .
E o nosso Molusco com seus dois anões diplomáticos não conseguiu tomar uma decisão.