Depois de vetar duas resoluções, os Estados Unidos concordaram com uma nova proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza. O texto, que também pede a melhoria do acesso às ajudas humanitárias na região, passa por votação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, nesta sexta-feira, 22.
Concebida pelos Emirados Árabes Unidos, a proposta levou duas semanas para chegar à sua versão final, na última quinta-feira, 21.
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De início, Washington, Israel e outras potências acreditavam que o cessar-fogo poderia beneficiar os mecanismos do Hamas, que alcançariam vantagens na guerra. Por esse motivo, os norte-americanos não avançaram com a aprovação do texto.
Como a proposta deve se concentrar no envio de ajuda humanitária, os Estados Unidos conseguiram apoio de outros países que integram o Conselho de Segurança.
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Embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield informou à imprensa que o país trabalhou “arduamente e diligentemente”, ao longo da passada, com os Emirados Árabes e outros países, como o Egito, para chegar a uma resolução que os norte-americanos pudessem apoiar.
“Agora nós temos essa resolução; estamos prontos para votar”, afirmou a diplomata.
O texto ao qual a embaixadora se refere considera reforços à assistência internacional destinada à população de Gaza. Ele engloba “medidas urgentes para permitir imediatamente o acesso seguro e sem obstáculos à ajuda humanitária, e também para criar as condições para um cessar-fogo sustentável”.
Papel das nações no Conselho
Criado depois da Segunda Guerra Mundial para mediar e tentar solucionar conflitos internacionais, o Conselho de Segurança das Nações Unidas possui cinco países com assentos permanentes: EUA, Reino Unido, China, Rússia e França.
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Essas nações têm poder de veto nas resoluções do órgão internacional, ao contrário dos outros dez países que possuem assentos rotativos: Brasil, Albânia, Equador, Emirados Árabes, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique e Suíça.
Todos os Estados-membros devem cumprir as decisões do Conselho.