O ex-presidente Evo Morales foi convocado pelo Ministério Público da Bolívia para prestar depoimento nesta quinta-feira, 10. A acusação envolve o suposto abuso de uma menor, em 2015, no período em que o político ocupava o cargo de presidente.
Na terça-feira 8, o ex-presidente recebeu a citação no contexto de uma investigação sobre os crimes de “estupro, tráfico e tráfico de pessoas”, conforme informou o próprio Ministério Público.
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Recentemente, Morales declarou que “há instruções” do governo para que seja preso em Tarija, mas não confirmou se atenderá à convocação. O ministro da Justiça, César Siles, explicou em uma declaração separada que “qualquer ordem de citação indica em seu texto que, em caso de não comparecimento, será emitido o mandado de prisão”. No entanto, a justiça posteriormente suspendeu essa decisão.
Morales liderou o país entre 2006 e 2019. Atualmente, tem 64 anos. Recentemente, ele classificou essa e outras investigações contra ele como parte de uma “lawfare” (perseguição judicial).
O ex-presidente acusa o governo do atual presidente, Luis Arce, de estar por trás dessa campanha. Ele alega que o objetivo do governo é prejudicá-lo na disputa interna do partido governista Movimento ao Socialismo (MAS). Essa disputa é pela candidatura presidencial nas eleições de agosto de 2025.
“O governo traidor desencadeou uma guerra judicial, a criminalização do protesto social e a perseguição à oposição política para tentar nos proscrever”, disse o ex-presidente.
Evo Morales enfrenta oito processos penais
Morales também revelou que enfrenta oito processos penais desde que organizou, algumas semanas atrás, uma marcha de protesto contra o governo de Arce. Um dos processos teve início no departamento de Tarija, no sul do país.
Sandra Gutiérrez, promotora responsável pelo caso e ex-ministra da Justiça durante o governo de Evo Morales em 2014, havia determinado a prisão do ex-presidente no dia 26 de setembro. Entretanto, essa decisão foi posteriormente revogada pela Justiça. Morales rechaçou as acusações, ao qualificar a denúncia como “mais uma mentira”. Lembrou que, em 2020, já havia sido investigado pelo mesmo motivo.
Esse merece CADEIA. Só de ter ROUBADO as nossas refinarias da Petrobrás na Bolívia, é um meliante…
Na verdade não foi beeeem roubo. Houve conivência descarada do cana afetivo que em momento algum defendeu nossa soberania, não deu nem um pio sobre o ocorrido.