Ex-presidente afirmou que não será conselheiro do novo mandatário do país
Apesar das situações econômicas enfrentadas atualmente por nações como a Argentina e a Venezuela, Evo Morales prometeu trabalhar para formar mais lideranças políticas de esquerda no continente sul-americano. Ex-presidente da Bolívia que se prepara para retornar ao país, ele revelou neste domingo, 1º de novembro, como se dará a sua mais nova atividade.
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“Quero compartilhar minha luta sindical como líder, compartilhar minha experiência de gestão do Estado Plurinacional como ex-presidente”, disse Morales, que permaneceu por quase 14 anos à frente do governo da Bolívia, em entrevista ao site da BBC. “Ontem à noite eu já estava em um workshop com jovens. Essa será minha tarefa”.
Mesmo interessado em formar novos líderes políticos de esquerda, Morales garante que não fará sugestões para a composição do novo governo boliviano. Nesse sentido, aproveitou para comemorar a vitória de Luis Arce, seu ex-ministro e aliado, na eleição presidencial realizada em outubro. A posse de Arce está programado para 8 de novembro.
Ex-presidente pescador
Fora do poder da Bolívia desde novembro de 2019, Evo Morales aproveitou a entrevista à BBC para novamente se colocar como vítima de um golpe de Estado. Ele garante que precisou deixar o país para não morrer. Assim, passou pela Venezuela e há meses se asilou na Argentina. Com a vitória da esquerda no último pleito, ele garante que voltará ao país em 11 de novembro.
“Vou me dedicar ao tambaqui”
A partir da data, Morales prometeu que seu trabalho irá para além de funcionar como consultor de formação para novos agentes políticos. Ele disse que buscará fazer dinheiro ao trabalhar como pescador. “Vou me dedicar ao tambaqui [peixe de rio], uma piscina de tambaqui”, comentou o ex-presidente e futuro pescador. “Meus companheiros estão ganhando bem com isso. Em oito meses você tem US$ 5 mil [R$ 29 mil] de lucro líquido”.
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Gostaria que ele me esclarecesse, se a Refinaria da Petrobras foi um presente do governo brasileiro na época em que ele era o governante da Bolívia.
Formar gângsters.