Detida há 87 dias, a ex-presidente da Bolívia Jeanine Áñez disse nesta sexta-feira, 11, que é uma presa política do governo de extrema esquerda de Luis Arce. A política está detida por supostamente tramar um golpe de Estado contra Evo Morales. “Sou acusada de crimes que não cometi”, declarou, em mensagem publicada em suas redes sociais. “As acusações não se sustentam, eles inventam coisas para me manter na prisão e me sinto totalmente indefesa. Todos os recursos apresentados são rejeitados”, acrescentou Áñez, ao pedir a independência dos três Poderes do país.
Jeanine Áñez foi capturada pela polícia em 13 de março, na região amazônica de Beni, e depois levada para La Paz em avião militar sob forte guarda policial, juntamente com os seus ex-ministros Álvaro Coímbra e Rodrigo Guzmán, que também foram presos. Áñez e membros do seu gabinete são acusados de “sedição e terrorismo” durante a crise de 2019, após as eleições anuladas que levaram à renúncia de Evo Morales ao cargo de presidente da Bolívia. A atual administração considera que a ex-chefe do Executivo tramou a queda do antecessor, quando assumiu a gestão.
Reportagem especial: “Bolívia: revanche da esquerda tem prisões políticas e perseguição a opositores”
Mensaje de la expresidenta Jeanine Añez al pueblo boliviano, a 87 días de su ilegal aprehensión. pic.twitter.com/3eoL8IuEfT
— Jeanine Añez Chávez (@JeanineAnez) June 10, 2021