Na terça-feira 9, explosões atingiram uma base aérea russa na Península da Crimeia. Em virtude dos estrondos, moradores tiveram de deixar a região. Pelo menos uma pessoa morreu e outras cinco ficaram feridas.
Imagens que circulam nas redes socias mostram explosões seguidas de colunas de fumaça saindo do local, que inclui depósitos de munição e de combustível. Trata-se de uma das maiores instalações militares russas na região.
Esse vídeo foi feito há cerca de 7 km da base aérea russa de Saki, na Crimeia, o que nos dá uma noção da força da explosão q destruiu hj a principal base aérea que atuava na frente sul da invasão russa da Ucrânia. pic.twitter.com/TLFhpAOb3s
— Hoje no Mundo Militar (@hoje_no) August 9, 2022
O Ministério da Defesa da Rússia negou que a fortaleza, localizada no Mar Negro, tenha sido bombardeada. Moscou alega que munições depositadas no local foram responsáveis pelas explosões. Kiev, por sua vez, não assumiu a responsabilidade por eventuais ataques.
Como mostra reportagem publicada pelo The Wall Street Journal, os ucranianos saudaram as explosões. Isso porque seu país trabalha em uma contraofensiva para libertar a Península da Crimeia dos russos.
“Essa guerra russa contra a Ucrânia e contra toda a Europa teve início com a Crimeia e deve terminar com a libertação da Crimeia”, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em discurso realizado na terça-feira.
Neste vídeo podemos ver que foram várias as explosões que hj destruíram a base aérea russa de Saki, na Crimeia. Não há ainda confirmação sobre a origem das explosões, mas parece que a hipótese de acidente foi descartada. Resta saber se foi um ataque remoto ucraniano ou sabotagem. pic.twitter.com/hw2SJTlD7i
— Hoje no Mundo Militar (@hoje_no) August 9, 2022
No Facebook, o Ministério da Defesa da Ucrânia fez uma provocação: “Não podemos estabelecer a causa do incêndio, mas ressaltamos mais uma vez as regras de segurança e a proibição de fumar em lugares não específicos”.
Moscou anexou a Crimeia em 2014, quando fomentou um movimento separatista pró-Rússia. O domínio sobre a região permite que os russos controlem grande parte do Mar Negro e tenham acesso à costa ucraniana.
Leia mais: “A Ucrânia balança o mundo”, artigo de Flavio Morgenstern publicado na Edição 101 da Revista Oeste