A embaixadora norte-americana Deborah Lipstadt, responsável pelo monitoramento e pelo combate ao ódio contra judeus, disse que a comparação das ações de Israel contra o Hamas em Gaza ao Holocausto se constitui como antissemitismo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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O Departamento de Estado dos EUA adota a definição de antissemitismo da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA) e “a definição da IHRA deixa claro que isso constitui antissemitismo”, disse Deborah em entrevista à Folha de S.Paulo na quinta-feira 7”. “Essa declaração é a pior possível.”
A declaração de Lula foi feita em 18 de fevereiro, em entrevista coletiva em Adis Abeba, capital da Etiópia. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, declarou o petista.
A fala gerou uma crise diplomática com Israel, que declarou Lula persona non grata e exige um pedido de desculpa. Entidades judaicas repudiaram a fala do petista, e a oposição protocolou um pedido de impeachment na Câmara dos Deputados.
Audiência no Congresso dos EUA citou, além de Lula, presidentes da Colômbia, da Bolívia e da Venezuela
A embaixadora foi ouvida em uma audiência no Congresso dos EUA na quinta-feira sobre o aumento do antissemitismo na América Latina. Durante a sessão, Lula foi citado nominalmente diversas vezes. Os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro; do Chile, Gabriel Boric; e da Bolívia, Luis Arce, também fizeram discurso semelhante ao de Lula e foram citados na audiência no Congresso norte-americano.
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Segundo a Folha, a deputada republicana Maria Salazar, durante a audiência, fez uma dura crítica ao presidente do Brasil. “Lula da Silva disse que Israel está repetindo o Holocausto, que israelenses são os novos nazistas dessa era.” Segundo ela, “é desprezível que chefes de Estado tenham essas opiniões, mas é mais preocupante para nós que esses líderes são os parceiros favoritos do governo Biden na região”. Ela se referiu a Lula e aos presidentes de Chile, Colômbia e Bolívia.
Na audiência, Deborah afirmou que o secretário de Estado, Antony Blinken, que esteve no Brasil no fim de fevereiro, cobrou Lula sobre suas declarações na Etiópia.
E isso nao é racismo? Nao é crime?
Pior do que ser antissemita, é ser tão desprezível diante da população brasileira.
Um traste.