Depois de 18 meses de apresentações para cadeiras vazias e câmeras de lives, a música clássica reencontrou o público no Festival de Salzburg, na Áustria. “As elegantes praças barrocas do centro histórico da cidade estão apinhadas de frequentadores de concertos”, descreveu o Financial Times. “Um público ansioso se aglomera no The Great Festival House. A música está de volta”.
Segundo a secretária austríaca de arte e cultura Andrea Mayer, 120 mil pessoas trabalham no setor, gerando uma receita de 7,2 milhões de euros em 2019. O governo liberou a realização do festival num momento não muito confortável, com 900 novas infecções diárias de Covid-19. Em dois dias se registraram as maiores vendas em 101 anos de história do evento.
O festival marca uma espécie de vitória da cultura contra o medo da pandemia. “A alma não é um luxo”, disse Daniel Froschauer, violinista da Filarmônica de Viena. “A alma sustenta a vida e precisa ser alimentada. Existem coisas que você não pode expressar em palavras”.
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