O governador da Flórida, Ron DeSantis, assinou nesta quinta-feira, 14, uma lei que proíbe o aborto a partir de 15 semanas de gravidez. A legislação, prevista para entrar em vigor em 1º de julho, inclui exceções para emergências médicas e “anormalidades fatais”. Estupro e incesto estão fora da lista.
“Estamos aqui para defender aqueles que não podem se defender”, afirmou DeSantis, antes de assinar o projeto. “Isso representará as proteções mais significativas para a vida que foram promulgadas neste Estado.”
A legislação foi aprovada pela legislatura estadual, controlada pelos republicanos desde o início deste ano.
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Kara Gross, diretora legislativa e conselheira política sênior da American Civil Liberties Union (ACLU), uma organização que diz defender os direitos civis dos norte-americanos, informou que tomará medidas legais contra a legislação.
“Se essa proibição do aborto entrar em vigor, haverá consequências devastadoras para as grávidas, especialmente aquelas que não podem viajar para fora do Estado em busca dos cuidados de saúde essenciais de que precisam”, afirmou Gross.
Recentemente, parlamentares republicanos do Arizona e do Kentucky aprovaram leis que proíbem a maioria dos abortos depois de 15 semanas de gravidez. Na contramão, Colorado e Nova Jersey aprovaram uma legislação que estabelece o direito ao aborto. Em Vermount, os eleitores votarão em novembro sobre uma emenda constitucional que estabelece o direito ao aborto.
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O importante é proteger o ovo da tartaruga a partir da primeira semana…