Cerca de 49 empregados dos museus do Vaticano, todos cidadãos italianos, iniciaram um processo legal contra as condições de trabalho que consideram injustas. As informações foram publicadas pelo site UOL neste domingo, 12.
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Esses trabalhadores, que fazem parte de um total de aproximadamente 700 funcionários, reclamam de problemas como horas extras mal remuneradas e falta de medidas adequadas de saúde e segurança.
A advogada Laura Sgrò, representante do grupo, disse que a decisão de processar foi tomada depois de anos de negligência às reivindicações dos empregados por melhorias.
“Os trabalhadores só decidiram entrar com esta ação depois de todas as suas exigências e pedidos terem ficado sem resposta durante anos”, declarou Laura, segundo noticiou o UOL.
O “Governatorato”, a entidade responsável pela administração do Estado do Vaticano, lida com esse impasse. Os museus do Vaticano, que abrigam coleções de arte de valor incalculável e locais como a Capela Sistina de Michelangelo, são um dos destinos mais visitados no mundo.
Esses lugares são comparados com o Louvre, em Paris, e o Museu Britânico, em Londres. A ação movida pelos funcionários pode resultar em um processo contra a administração do Papa Francisco. Eles também reclamam da proibição dos sindicatos na Cidade do Vaticano.
Processo de conciliação e problemas adicionais
Se essa fase não resultar em um acordo, o caso poderá ser encaminhado ao Tribunal do Vaticano. Além disso, Laura destacou um problema adicional. Segundo a advogada, durante a pandemia da covid-19, com o fechamento dos museus, alguns trabalhadores foram remunerados. Contudo, agora, a falta de políticas de licença na legislação trabalhista do Vaticano exige que esses pagamentos sejam devolvidos.
“Queremos ser construtivos, esperamos que esta possa ser a ocasião certa para uma reavaliação geral das regras laborais do Vaticano”, explicou Laura.
Um porta-voz dos museus do Vaticano preferiu não comentar sobre o caso, que foi inicialmente revelado pelo jornal Il Corriere della Sera.