O funeral da brasileira Bruna Valeanu, de 24 anos, que morreu em um ataque do Hamas em uma festa de música eletrônica, reuniu milhares de pessoas nesta terça-feira 10, em Petah Tikva, em Israel.
A estudante universitária estava com amigos quando terroristas do Hamas realizaram um ataque no evento, em uma área próxima à Faixa de Gaza, no sábado 7. Cerca de 260 pessoas morreram.
Brasileiros e israelenses se solidarizaram com um chamado feito nas redes sociais e em canais de televisão para comparecerem ao enterro de Bruna.
Comoção no funeral
O funeral foi anunciado pela irmã da vítima, Florica Valeanu, em uma rede social, e aconteceu às 15h30 (horário de Brasília).
“Te amo pra sempre Bruna! Além da matéria. Você é nossa neném ‘forever’”, escreveu a irmã na publicação em que divulga informações sobre o enterro.
Pessoas que participaram do velório dizem que a notícia se espalhou até por meio de grupos de WhatsApp de condomínio. Muitas pessoas que não conheciam a jovem compareceram ao sepultamento da brasileira.
O chamado para que mais pessoas comparecessem foi motivado por uma tradição judaica —a de que o quórum para cerimônias religiosas seja de dez homens. A família temeu que houvesse menos pessoas no funeral. Ao final, foi surpreendida pela onda de solidariedade.
O ex-conselheiro de Mídia Internacional da presidência de Israel, Eylon Levy, divulgou em suas redes sociais uma foto com vários carros enfileirados no trajeto até o cemitério.
“A caminho do funeral de uma jovem brasileira assassinada no festival de musical. Foi enviada uma mensagem pedindo que estranhos comparecessem porque ela quase não tem família aqui. Há uma fila de 2 quilômetros saindo da entrada do cemitério”, disse.
Mais do que emocionante! Quanta solidariedade, quanta gentileza!
— Israel no Brasil (@IsraelinBrazil) October 10, 2023
10 mil israelenses se voluntariaram para comparecer ao funeral da brasileira Bruna Valeanu, que estava na rave atacada por terroristas do Hamas. pic.twitter.com/CKyJDSFTEq
Vida abreviada
Natural do Rio de Janeiro, Bruna tinha dupla nacionalidade. Ela se mudou para Israel com a mãe e a irmã em 2015. A jovem cursava Comunicação e Sociologia/Antropologia na Universidade de Tel-Aviv.
A estudante também foi instrutora de tiro das Forças de Defesa de Israel, entre 2018 e 2020.
Esta multidão trouxe certamente conforto para a família de Bruna.
Que D’us a tenha perto Dele.