Os gastos militares chineses devem atingir US$ 230 bilhões (cerca de 1,5 trilhão de iuanes) neste ano. Assim, o valor equivale a 7% mais que o orçamento para o setor em 2021. O Ministério das Finanças do país fez o anúncio no sábado 5.
Esse aumento nos gastos militares chineses é superior à previsão de crescimento da economia, fixada no mesmo dia do anúncio em pouco mais de 5%. A elevação no orçamento de defesa ocorre em meio à escalada das tensões globais com a invasão da Ucrânia pela Rússia. Pequim afirmou que “entende” as preocupações de segurança do Kremlin e, desse modo, se recusou a condenar Moscou.
Em 24 de fevereiro, quando a Rússia deu início à invasão da Ucrânia, o governo de Taiwan relatou o sobrevoo de aeronaves militares chinesas em seu espaço aéreo.
Além de caças taiwaneses enviados para alertar os aviões chineses, Taiwan preparou mísseis de defesa aérea para “monitorar as atividades”. Na data, Taipei informou que acompanhava com atenção os movimentos da China.
Sob pressão chinesa, Taiwan critica missões regulares da Força Aérea da ditadura há dois anos. A ilha tem governo e moedas independentes, mas Pequim deseja abertamente sua anexação e já deu avisos ao Ocidente para que o tema seja considerado uma questão interna da China.