O general Juan José Zuñiga se manifestou diante da tentativa de golpe de Estado que liderou na Bolívia. Tropas sob ordens dele invadiram o Palácio Quemado, sede do Poder Executivo boliviano, em La Paz, na tarde desta quarta-feira, 26.
Diretamente da Praça Murillo, na capital do país sul-americano, o militar tentou justificar a sua movimentação. Ele afirmou que a sua intenção seria “restabelecer a democracia” local”.
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“Basta de os mesmos grupos de sempre no poder”, disse o general, conforme registro do canal adn40MX, no YouTube. “Nossos filhos não têm futuro. Precisamos lutar pelo bem-estar e pelo progresso de nosso povo.”
Zuñiga ficou por dois anos à frente do Exército da Bolívia. O presidente Luis Arce, entretanto, o destituiu da função nesta terça-feira, 25. A dispensa ocorreu depois de o general ameaçar prender o ex-presidente Evo Morales caso ele tentasse voltar ao poder. As próximas eleições gerais bolivianas estão programadas para o ano que vem.
Ao se manifestar, Zuñiga ainda afirmou que, uma vez no poder, tiraria da prisão todos aqueles que ele considera como “presos políticos”.
Sem êxito na tentativa de tirar Arce da presidência, Zuñiga deixou o Palácio Quemado na noite desta quarta-feira. De acordo com o site La Razón, ele saiu da Praça Murillo, onde fica a sede do Executivo boliviano, em um tanque de guerra.
Bolívia: general é acusado de terrorismo
Fora do comando do Exército e com tentativa de golpe frustrada, Juan José Zuñiga passa a ser alvo da Justiça do país. A Procuradoria-Geral da Bolívia boliviana informou que o general será alvo de investigações. Ele responderá por crimes como terrorismo e atentado contra a segurança e a soberania da Bolívia.
Autoridades temem que Zuñiga tente deixar o país. Com isso, a Procuradoria-Geral pediu para a Direção Nacional de Migrações emitir um alerta migratório.
Ainda existem militares por aí.