A Fábrica de Anilina e Soda de Baden (Basf, na sigla em alemão) anunciou que vai reduzir sua presença no mercado da Europa, que não estaria competitivo para a empresa, em virtude dos altos custos de energia na região.
A Basf fez o anúncio, depois de inaugurar uma unidade na China, para dar apoio à crescente demanda no país. A construção é avaliada em € 10 bilhões (mais de R$ 50 bilhões).
Segundo o presidente-executivo da Basf, Martin Brudermüller, “o mercado químico europeu vem crescendo fracamente há cerca de uma década e o aumento significativo nos preços do gás natural e da energia está pressionando as cadeias de valor de produtos químicos”.
BASF seeks 'permanent' cost cuts at European operations https://t.co/iZe9gHWDiJ pic.twitter.com/4ROp60Ffe6
— Reuters (@Reuters) October 26, 2022
Gastos da Basf na Europa
A empresa gastou € 2,2 bilhões a mais em gás natural na Europa, durante os primeiro nove meses de 2022, quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
De acordo com Brudermüller, a crise do gás na Europa, com as regulamentações mais rígidas do setor na UE, está forçando a empresa a cortar custos na região “o mais rápido possível, e permanentemente”.
Há duas semanas, a companhia anunciou uma redução de € 1 bilhão nos próximos dois anos, e o foco será nas “áreas de não produção”, como TI, comunicações, pesquisa e desenvolvimento.
Brudermüller disse que os cortes de custos servirão para “salvaguardar nossa competitividade de médio e longo prazo na Alemanha e na Europa”.