O governo dos Estados Unidos lançou uma investigação criminal contra a ByteDance, empresa controladora do TikTok. A acusação é de acesso indevido às informações pessoais de vários cidadãos norte-americanos, entre eles jornalistas.
Essa nova investigação vem à tona depois que o TikTok confirmou, em dezembro, que quatro funcionários da empresa foram demitidos pela conexão com o incidente. A ByteDance usava dados pessoais — como local de residência, e-mails e endereços de IP. Inicialmente, a empresa tentou negar as acusações, mas, diante das provas, declarou estar “profundamente desapontada” com o caso, prometendo mudanças internas.
Dois dos funcionários demitidos trabalhavam na China e dois nos Estados Unidos. Entre os usuários do aplicativo que foram vigiados estavam jornalistas. A rede social não comentou o caso.
Pressão contra o TikTok
A investigação relatada reflete a crescente pressão sobre a companhia que, segundo autoridades americanas, representa um risco à segurança nacional.
Os políticos do país temem que o governo chinês possa pressionar o aplicativo ou sua controladora a entregar os dados que a rede social coleta dos usuários nos Estados Unidos.
As preocupações provocaram proibições generalizadas da rede social em dispositivos oficiais do governo nos EUA, União Europeia, Canadá, Reino Unido e Nova Zelândia.