O governo federal pretende resgatar 900 brasileiros que estão em Israel e na Palestina até o sábado 14.
O resgate foi confirmado por Marcelo Damasceno, comandante da Aeronáutica. “Estamos coordenando as listas com o Ministério das Relações Exteriores”, disse o comandante da Aeronáutica em entrevista na segunda-feira 9. O Itamaraty disse que a prioridade é trazer quem mora no Brasil ou não possui passagem aérea de volta.
O Hamas invadiu Israel no sábado 7, e fez um massacre que ceifou a vida de ao menos 900 pessoas. Israel respondeu de imediato ao ataque terrorista. Há a confirmação de que 600 pessoas morreram em Gaza. O número de feridos já soma 5 mil.
Mais de mil brasileiros querem sair de Israel
Ao todo, 1,7 mil brasileiros já demonstraram interesse em retornar ao Brasil por causa do massacre orquestrado pelo grupo terrorista Hamas em Israel, de acordo com a Agência Brasil.
A maioria desses brasileiros são turistas. A morte de dois jovens brasileiros já foi confirmada no massacre: Bruna Valeanu e Ranani Nidejelski Glazer, ambos de 24 anos.
“Face à incerteza quanto ao momento em que poderão ocorrer os voos de repatriação, o Ministério das Relações Exteriores reitera recomendação de que todos os nacionais que possuam passagens aéreas, ou que tenham condições de adquiri-las, embarquem em voos comerciais do aeroporto Ben-Gurion, que continua a operar”, disse o ministério em nota.
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O governo reservou seis aeronaves para a retirada dos brasileiros de Israel. O segundo avião da Força Aérea Brasileira (FAB) deixou a Base Aérea de Brasília ainda na segunda-feira. O KC-30 decolou às 16h20 para Roma, na Itália. A partir da Itália, o avião segue para Tel-Aviv, em Israel.
O primeiro avião, um Airbus A330-200, convertido em um KC-30 que tem capacidade para 230 passageiros, saiu do Brasil ainda na tarde do domingo 8 para Roma, e chegou em Tel-Aviv nesta terça-feira, 10. Ele já decolou com 211 brasileiros e deve chegar a Brasília na madrugada da quarta-feira 11.
Há ainda brasileiros que estão na Faixa de Gaza. O governo estima que 30 brasileiros vivem lá, e prepara um plano de evacuação para eles coordenado pela Embaixada do Brasil no Cairo, capital do Egito.