O Escritório de Política Harakat al-Shabaab al-Mujahideen, filial da Al-Qaeda na Somália, recomendou aos muçulmanos do país que não tomem o imunizante contra a covid-19 produzido pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. “Alertamos os muçulmanos contra o uso da vacina AstraZeneca, já que seus danos superam em muito seus supostos benefícios”, advertiu. Segundo a organização, os fieis da religião islâmica devem aderir aos “medicamentos” prescritos no Alcorão, como a semente preta e o mel, para que consigam curar-se do vírus chinês. “E o teu Senhor inspirou a abelha, dizendo: ‘Tomai para ti habitações nas montanhas e nas árvores e no que elas erigem. Depois, come de todas as frutas e segue os caminhos do teu Senhor facilitados (para ti)’. De suas barrigas sai uma bebida de várias cores, que cura a humanidade. Na verdade, isso é de fato um sinal para as pessoas que pensam”, cita um trecho do livro sagrado do Islã. Conforme avalia o jornalista Leonardo Coutinho, o al-Shabaab não recomenda o uso da vacina da Oxford/AstraZeneca por considerá-la insegura. Entretanto, o grupo não faz admoestações acerca do uso de coletes e cinturões com explosivos, que seguem liberados para os radicais religiosos.
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