Depois que o Grupo Wagner se exilou em Belarus, ditadura aliada da Rússia, a Ucrânia decidiu reforçar militarmente sua fronteira norte, ao lado do país que abrigou os mercenários. O jornal Folha de S.Paulo divulgou a informação nesta sexta-feira, 30.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, dissera que a presença dos mercenários no país vizinho não implicava nenhuma mudança estratégica ou tática para seu país. Porém, mudou de ideia depois de receber um relatório de seu serviço de Inteligência militar.
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que os soldados do Grupo Wagner poderiam debandar, assinar contratos com o Ministério da Defesa ou ir para Belarus — tal como foi feito.
No fim de semana passado, o Grupo Wagner se rebelou contra as Forças Armadas da Rússia. Oficialmente, o conflito se encerrou com a mediação do ditador de Belarus, Alexander Lukashenko.
Belarus e Wagner acendem alerta na Ucrânia, e Zelensky pede punição de “terroristas russos”
O estabelecimento das tropas do Grupo Wagner em Belarus não é uma preocupação apenas territorial para a Ucrânia. Os milicianos têm ajudado a Rússia a invadir territórios ucranianos desde 2014.
Every manifestation of Russian terror proves over and over again to us and to the whole world that the terrorist state deserves only one thing as a result of all it has done – defeat and a tribunal, fair and legal trials against all Russian murderers and terrorists. pic.twitter.com/zfFOrwpYkz
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) June 30, 2023
“Cada manifestação do terror russo prova repetidamente para nós e para o mundo inteiro que o Estado terrorista merece apenas uma coisa, como resultado de tudo o que fez: derrota em um tribunal”, disse Zelensky, no Twitter. “Julgamentos justos e legais contra todos os assassinos e terroristas russos.”