Na terça-feira 14, o procurador-geral do Haiti, Bedford Claude, foi demitido. Ele perdeu o cargo horas depois de anunciar que o primeiro-ministro do país, Ariel Henry, era considerado suspeito do assassinato do presidente Jovenel Moïse. Assinada por Henry, a carta comunica o desligamento de Claude por “má conduta administrativa grave.”
Ontem, Calude requisitou ao juiz Garry Orelien, responsável pelo caso, que o premiê se tornasse réu em razão do homicídio. O pedido se apoiava no fato de Henry ter falado duas vezes por telefone com o ex-oficial Joseph Feliz, um dos suspeitos de ter ordenado crime, horas após o assassinato de Jovenel Moïse.
“Existem elementos comprometedores suficientes para processar Henry e pedir sua acusação direta”, escreveu Bedford em pedido enviado a Orelien. O procurador ainda acrescentou que o primeiro-ministro deveria ser “proibido de deixar o território nacional devido à grave presunção relativa ao assassinato do presidente”.