Nos ataques do Hamas a Israel, em 7 de outubro, as Forças Armadas Israelenses (FDI) encontraram bandeiras do Estado Islâmico entre os pertences dos invasores. O órgão de Israel quis demonstrar que os dois grupos sempre tiveram uma identificação em suas essências terroristas.
Leia mais: “Ministro da Defesa de Israel diz a soldados que verão Gaza ‘de perto em breve'”
“O Hamas trouxe bandeiras do Estado Islâmico para massacrar crianças, mulheres e homens israelitas”, postou o site das FDI, na legenda da foto apresentada pela instituição. “O Hamas é uma organização terrorista genocida. O Hamas é pior que o Estado Islâmico.”
Mais antigo, criado em 1988, o Hamas acabou se tornando uma referência para o Estado Islâmico. O grupo foi criado em 2003 a partir de um braço da Al-Qaeda, outra organização terrorista, no Iraque. Ambos têm como objetivo a implementação de um governo totalmente baseado na Sharia, lei islâmica, de forma contundente e radical.
“As duas organizações são terroristas e fundamentalistas de matriz sunita”, afirma o cientista político Heni Ozi Cukier, que é professor de relações internacionais.
Até mesmo as práticas brutais passaram a ser algo em comum entre ambos. De 2014 a 2019, o Estado Islâmico ganhou visibilidade com a divulgação de imagens aterrorizantes. Elas correram o mundo e mostraram vítimas sendo degoladas, vestidas com um macacão laranja, na aridez do deserto.
Para Cukier, o Hamas se igualou nessas práticas com os ataques a Israel, quando sequestrou e estuprou civis e cometeu atrocidades com eles ao invadir o país.
Leia mais: “Em estatuto original, Hamas manifesta antissemitismo”
“Até então o Hamas não tinha demonstrado essa prática do Estado Islâmico na mesma moeda”, afirma a Oeste o cientista político. “Agora, com esses ataques, eles entraram totalmente neste modelo brutal, com muita atrocidade, divulgação de imagens, ações totalmente fora dos limites.”
Luta por um califado mais abrangente
Durante a guerra civil da Síria, iniciada em 2011, o Estado Islâmico teve atuação intensa, mas acabou neutralizado por forças ocidentais e por grupos oponentes. Atualmente, a atividade é exercida de forma bem mais tímida, por meio dos chamados lobos solitários, homens isolados que realizam atentados.
A única diferença, na visão de Cukier, é que o Estado Islâmico lutava pela formação de um califado mais abrangente, baseado na lei islâmica e com punições severas a quem não a seguisse.
“A diferença de ambos está no escopo da luta. O do Estado Islâmico é maior do que o do Hamas”, ressalta o professor de relações internacionais. “O Estado Islâmico busca um califado em todo o mundo árabe. Já o Hamas tem uma luta direcionada a uma única região, onde está Israel.”
Na visita a Israel, na quarta-feira 18, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também fez comparações entre os dois grupos. “As atrocidades do Hamas fazem o Estado Islâmico parecer mais racional.”
O Estado Islâmico junto com o Hamas devem de novo ser perseguidos e eliminados.
O Estado Islâmico impunha a Sharia e era tão brutal com os cidadãos que devem ter ensinado estes horrores ao Hamas.
Apreciei o comentário de que ” parece” menos feroz que o Estado Islâmico. Apenas parece. São todos animais enfurecidos e merecem punição à altura
Israel deveria botar todo o seu poderio belico contra essses terroristas. Quem quiser que saia da frente.