Levantamento da Agência France-Presse (AFP) revela que 64 reféns permanecem na Faixa de Gaza. O grupo terrorista Hamas mantém as vítimas como “moeda de troca” para um cessar-fogo com Israel.
Até esta segunda-feira, 2, dos 251 reféns e corpos levados para Gaza em 7 de outubro de 2023, 117 foram libertados, 70 morreram, 37 corpos foram repatriados e 33 continuam na região de influência palestina.
+ Leia mais notícias de Mundo em Oeste
A agência informa que, dos 64 reféns, 57 são israelenses e sete estrangeiros (seis tailandeses e um nepalês). O grupo inclui duas crianças e 11 soldados. Outros levantamentos indicam a existência de até 107 reféns na Faixa de Gaza.
Militares recuperam corpos de seis reféns
No domingo 1º, as Forças de Defesa de Israel (FDI) recuperaram os corpos de seis reféns em um túnel na cidade de Rafah, no sul do território palestino. “Conforme a nossa estimativa inicial, eles foram brutalmente assassinados por terroristas pouco antes de chegarmos até eles”, disse o porta-voz das FDI, Daniel Hagari.
De acordo com as autoridades, os corpos recuperados são os de Hersh Goldberg-Polin, Eden Yerushalmi, Carmel Gat, Ori Danino, Almog Sarusi e Alex Lobanov. O site Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas mostra imagens de diversas pessoas atacadas no massacre do ano passado.
Netanyahu nega acordo com terroristas do Hamas
Criado menos de 24 horas depois do ataque do Hamas às vilas e cidades israelenses em 7 de outubro de 2023, o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas é uma organização civil, voluntária e sem afiliação política.
O fórum inclui milhares de voluntários, desde as próprias famílias até figuras importantes nos setores de segurança, Judiciário, comunicação, publicidade, criativo e diplomático.
Conforme a AFP, o Hamas ordenou que seus guardas matem reféns israelenses. Os ataques devem ocorrer na medida em que o Exército de Israel avance na Faixa de Gaza. Em comunicado emitido no último dia 2, os terroristas condicionaram a libertação dos reféns a um acordo de cessar-fogo.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou, no domingo 1º, que “quem mata reféns não quer um acordo”. Segundo ele, Israel tem tentado “intensamente” avançar com as negociações, mas o grupo terrorista Hamas continua recusando todas as propostas.
Leia também: “Exclusivo: pai de 2 filhos sequestrados pelo Hamas relata o seu drama“, reportagem de Eugenio Goussinsky na Revista Oeste