As autoridades da Arábia Saudita prenderam um homem que alegou ter viajado para a cidade sagrada muçulmana de Meca para realizar uma peregrinação em nome da rainha Elizabeth II, que morreu na quinta-feira, 8, na Escócia, aos 96 anos.
Em um vídeo publicado no próprio perfil das redes sociais, o homem aparece segurando um cartaz escrito: “Umrah (peregrinação, em português) pela alma da rainha Elizabeth II, pedimos a Deus que a aceite no céu e entre os justos”. No entanto, a Arábia Saudita proíbe que peregrinos em Meca, local sagrado onde teria nascido o profeta Maomé, segurem cartazes e cantem slogans.
Segundo comunicado das forças de segurança sauditas, o homem, de nacionalidade iemenita, acabou “violando as normas e as instruções da Umrah”, sendo necessário tomar medidas legais contra ele e encaminhá-lo ao Ministério Público.
Un homme arrêté à La #Mecque après avoir rendu un hommage à la reine #ElisabethII
► Les détails avec @_bastienborie, correspondant #i24NEWS à #Dubaï pic.twitter.com/uljtVGTnjm
— i24NEWS Français (@i24NEWS_FR) September 13, 2022
As peregrinações Umrah podem ser realizadas a qualquer momento, diferente das Hajj, que acontecem uma vez por ano e geralmente atraem milhões de pessoas de todo o mundo. Embora seja aceitável realizar a primeira em nome de muçulmanos falecidos, a regra não se aplica aos não muçulmanos, como a rainha da Inglaterra, chefe da igreja anglicana.
Homenagens no Brasil
Autoridades e personalidades brasileiras se manifestaram para lamentar a morte da rainha Elizabeth II. Ídolo do futebol, Pelé destacou em sua mensagem o encontro com a rainha Elizabeth durante a visita oficial da monarca ao Brasil, em 1968. O ex-jogador da Seleção ainda compartilhou fotos com a britânica em suas redes sociais.
“Sou um grande admirador da rainha Elizabeth II desde a primeira vez que a vi pessoalmente, em 1968, quando ela veio ao Brasil testemunhar nosso amor pelo futebol e conheceu a magia do Maracanã lotado”, comentou Pelé.
I have been a great admirer of Queen Elizabeth II since the first time I saw her in person, in 1968, when she came to Brazil to witness our love for football and experienced the magic of a packed Maracanã.
Her deeds have marked generations. This legacy will last forever. pic.twitter.com/13xyilesGT
— Pelé (@Pele) September 8, 2022
Uma das autoridades brasileira que se manifestaram foi Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente do Senado. “Recebo com tristeza a notícia do falecimento da rainha Elizabeth II”, afirmou o senador, em nota.
“Aos 96 anos, e mais de 70 anos de reinado, Elizabeth II vivenciou alguns dos momentos mais importantes da história da humanidade. Cumpriu seu papel constitucional com louvor e foi um exemplo de estadista. Em nome do Congresso Nacional brasileiro, presto condolências à família e a todo o povo do Reino Unido”, acrescentou Pacheco.
O presidente Jair Bolsonaro também prestou homenagens à rainha Elizabeth II. O chefe do Executivo relembrou algumas palavras marcantes da rainha: “Quando a vida parece difícil, os corajosos não se deitam e aceitam a derrota; em vez disso, estão ainda mais determinados a lutar por um futuro melhor”.
“Com tais palavras, a rainha Elizabeth II mostra por que não foi apenas a rainha dos britânicos, mas uma rainha para todos nós”, escreveu Bolsonaro nas redes sociais. “Muitas vezes, a eternidade nos surpreende, tirando de nós aqueles que amamos, mas, hoje, foi a vez de a eternidade ser surpreendida, com a gloriosa chegada de Sua Alteza. Que Deus a receba em sua infinita bondade e conforte sua família e o povo britânico.”
O presidente também destacou que a rainha foi uma mulher extraordinária e singular, cujo exemplo de liderança, de humildade e de amor à pátria vai continuar inspirando “a nós e ao mundo inteiro até o fim dos tempos”. Além disso, Bolsonaro convidou a população brasileira a prestar homenagens à rainha Elizabeth II: “Deus salve a rainha!”