Série documental
American Playboy – a história de Hugh Hefner (Amazon)
Este é um docudrama chapa branca. Tudo foi produzido e contado com o apoio dos herdeiros do biografado e da empresa que ele comandou. Hefner (1926-2017) surge do começo ao fim como o herói da história.
E que história! Filho de pais não muito afetuosos de Chicago, Hugh queria fazer um jornalismo voltado para o sexo – isso no início dos anos 1950, uma das épocas mais obscurantistas dos Estados Unidos nesse sentido. Como ele lembra na série, até os casais dormiam em camas separadas nas séries de TV.
No final de 1953, Hefner contou com a sorte para ter a “deusa” de Hollywood, Marilyn Monroe na capa da sua revista. Para que ela fosse publicada, até sua mãe colaborou com um cheque de dois mil dólares.
A revista virou um fenômeno de vendas e marketing. Virou um império que incluía clubes noturnos, mansões públicas, uma produtora de filmes, outra de discos. A vida do garoto tímido de Chicago se tornou uma rotina de lindas mulheres, personalidades políticas, programas de TV, astros de cinema e muito, muito dinheiro.
Nos anos 1960, Hefner vivia uma contradição. Por um lado, abria suas páginas para o pessoal mais à esquerda, incluindo o extremista Malcom-X. E também assumiu uma posição corajosa contra o racismo, numa época bem mais complicada que a atual. Por outro lado, as feministas o odiavam por montar um império que muitas vezes beirava os limites da prostituição com suas “coelhinhas” de pouca roupa.
De qualquer jeito, esse documentário em dez capítulos mostra em detalhes um exemplo de como os Estados Unidos são o que são – um país onde um simples sonho aparentemente impossível pode gerar um fenômeno global. Nisso, eles não mudaram nada.
https://www.youtube.com/watch?v=axDaOHCcKlU
Um amigo tinha a coleção desde o 1º número; eu gostava mais qdo tinham os pelos pubianos; um jornalista brasileiro visitou um daqueles clubes e decidiu: uma caretice. A vdd é que americano não sabe pegar mulher.