Entre 1969 e 1972, 12 astronautas pousaram e partiram rapidamente da superfície lunar, em seis missões do projeto Apolo. Agora estamos nos aproximando de uma nova fase. Em entrevista à BBC, Howard Hu, alto-funcionário da Nasa e líder do programa aeroespacial Orion, disse que os astronautas vão passar longos períodos na Lua a partir dos próximos anos. “Vamos enviar pessoas para a superfície lunar, e elas vão viver ali e fazer ciência”, afirmou.
Segundo Hu, a missão Artemis I, da Nasa, que decolou nas primeiras horas da manhã da quarta-feira 16, foi um “dia histórico para o voo espacial humano” porque representou um avanço na criação de habitats lunares que vão servir, no futuro, de base de apoio a missões científicas.
O evento marcante deu início a uma jornada que enviará uma espaçonave não tripulada ao redor da Lua, abrindo caminho para a agência espacial levar os astronautas à superfície lunar pela primeira vez em meio século. No topo do foguete está a espaçonave Orion, uma cápsula em forma de goma que se separou do foguete depois de chegar ao espaço.
Espera-se que a cápsula percorra cerca de 2 milhões de quilômetros, seguindo um caminho que a levará mais longe do que qualquer outra espaçonave projetada para o voo humano já percorreu, de acordo com a Nasa. Depois de orbitar a Lua, a Orion fará sua viagem de volta, completando sua jornada de 25 dias.
A cápsula está programada para cair no Oceano Pacífico, na costa de San Diego, California, em 11 de dezembro. Ao longo da missão, os engenheiros da Nasa estarão de olho no desempenho da espaçonave. A equipe avaliará se a Orion tem o desempenho esperado e estará pronta para apoiar sua primeira missão tripulada à órbita lunar, atualmente programada para 2024.