Condenado por porte e posse ilegal de arma de fogo nos Estados Unidos, Hunter Biden, filho do presidente Joe Biden, solicitou um novo julgamento à Justiça norte-americana, nesta segunda-feira, 17. Minutos depois, porém, o pedido foi excluído do tribunal.
O principal argumento do advogado de defesa, Abbe Lowell, é que, como dois recursos de Hunter Biden ainda estão pendentes, o julgamento do dia 11 de junho não poderia ter ocorrido. O filho do presidente, condenado na semana passada, pode ter pena de 25 anos de prisão e multa de até US$ 750 mil (cerca de R$ 4 milhões).
“O Tribunal de Apelações não emitiu decisão quanto às ordens de indeferimento dos recursos solicitados”, escreveu Lowell, no processo. “Assim, quando este Tribunal constituiu o júri e procedeu ao julgamento, não tinha competência para fazê-lo.”
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A agência Reuters, no entanto, informou a retirada do pedido minutos depois. Posteriormente, o próprio tribunal publicou uma nota para esclarecer o caso.
“A moção para um novo julgamento foi excluída a pedido do advogado”, informou o Tribunal de Delaware, em nota.
Os crimes de Hunter Biden
Em outubro de 2018, Hunter Biden comprou um revólver calibre 38. Para isso, teve de preencher um formulário oficial dos EUA, no qual, entre outras perguntas, escreveu que não usava drogas.
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Ao provar que, à época, o filho do presidente estava em plena luta contra o vício, fato que ele mesmo colocou em um livro (Beautiful Things, “Coisas Belas”, em tradução literal), o tribunal condenou-o por três crimes. São eles:
- mentir para um vendedor de armas licenciado pelas autoridades federais dos EUA;
- escrever uma mentira no documento federal; e
- comprar e possuir uma arma obtida ilegalmente.
Além do livro escrito por Hunter, a acusação se baseia no testemunho da ex-namorada Hallie Olivere. Ela afirmou que encontrou a arma na caminhonete do até então namorado, junto com restos de crack.
“O vício pode não ser uma escolha, mas mentir e comprar uma arma, sim”, escreve a acusação. “Ninguém está acima da lei.”
A defesa alegou que, especificamente em 2018, o filho do presidente dos EUA não usava drogas.