Um novo método para detecção do câncer de mama foi desenvolvido por pesquisadores do Computer Science and Artificial Intelligence Labaratory (CSAIL, na sigla em inglês) e do Massachusetts General Hospital. O método usa inteligência artificial (IA) e tem potencial para revolucionar o tratamento ao classificar com precisão 31% dos pacientes oncológicos na categoria de maior risco — comparativamente aos 18% indicados pelos modelos tradicionais.
Esse tipo de câncer é frequentemente diagnosticado muito tarde, o que leva a tratamentos agressivos, com resultados nem sempre favoráveis. A aplicação da inteligência artificial na análise de mamografias é fundamental para determinar se o paciente desenvolverá câncer no futuro. Os algoritmos de IA do novo método foram desenvolvidos com base na análise de mais de 60 mil pacientes. Um fato promissor é que a abordagem permitirá personalizar o tratamento e o acompanhamento necessários para cada paciente.
A modelagem da IA para o novo tratamento baseia-se na idade, no histórico familiar, na densidade mamária e em fatores hormonais. Contudo, os autores da pesquisa dizem que “a maioria desses marcadores está pouco associada ao câncer de mama. Como resultado, mesmo após décadas de desenvolvimento, esses modelos ainda não são muito precisos em nível individual, e a maioria das organizações ainda sente que os programas de triagem baseados no risco não são viáveis, dadas essas limitações”.
Assim, em vez de detectar manualmente padrões individuais nos exames radiológicos — as mamografias —, o novo modelo de IA induz padrões a partir dos dados assimilados em dezenas de milhares de exames. O modelo foi “treinado” em mais de 90 mil mamografias e detecta padrões invisíveis à observação a olho nu.
Isso, mulheres! Continuem a fazer mamografias.
Câncer garantido.