Em artigo publicado na Edição 150 da Revista Oeste, o jornalista Dagomir Marquezi discorre sobre a evolução da internet, desde a criação do “WWW”, em 1989, até os primeiros passos da web 3.0, que ainda parece um sonho distante. Conforme Marquezi, inicialmente, a internet foi o único veículo de comunicação nascido para ser inteiramente livre. Devido às grandes modificações na rede, o jardim da liberdade, que outrora tomava conta da internet, perdeu a inocência.
“A internet parecia um milagre. E era”, explicou o colunista. “Até que chegou o momento de a internet deixar de ser apenas o jardim das puras liberdades humanas para se tornar um negócio como qualquer outro. Só que muito mais poderoso.”
Marquezi explica ainda que, por mais que a perda da liberdade na internet não tenha uma data exata, a eleição do ex-presidente dos EUA Donald Trump, em 2016, foi um marco. A vitória de Trump foi atribuída a disseminação de fake news nas redes sociais. O mesmo aconteceu na eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2018.
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“O aspecto mais grave dessa escalada de autoritarismo foi que até a figura do juiz se tornou desnecessária. A própria big tech suspende uma conta pelo tempo que ela achar necessário e ‘desmonetiza sua produção’. É um novo estágio na evolução do obscurantismo — a privatização da censura. E, como não sabe do que está sendo acusado, o usuário não tem como se defender.”
“Como garantir a liberdade na internet em nosso país? Lutando por essa liberdade, através dos canais democráticos e legais. Exigindo equilíbrio entre os Poderes e o respeito à Constituição. Mas outras garantias pedem a chamada mão invisível do mercado.
Enquanto os usuários dependerem de algumas poucas plataformas — YouTube, Facebook, Twitter, Google —, estará nas mãos de quem estiver no controle dessas redes. Algumas tentativas de quebrar esse oligopólio ainda estão dando passos tímidos. Como aconteceu com o Parler e concorrentes do Twitter, que ainda não decolaram. Mas que já estão no mercado e podem crescer.”
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Revista Oeste
A Edição 150 da Revista Oeste vai além dos textos de Dagomir Marquezi. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos de Bruno Meyer, J.R. Guzzo, Augusto Nunes, Rodrigo Constantino, Ana Paula Henkel, Cristyan Costa, Joice Maffezzoli, Roberto Motta, Gustavo Segré, Paula Schmitt, Evaristo de Miranda e Bruno Lamoglia.
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Maisa uma vez a esquerda tenta imputar à direita a culpa pela censura.