Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, as companhias de navegação evitam atracar em São Petersburgo, cidade localizada a 700 quilômetros de Moscou, para coletar mercadorias. Isso, somado aos impactos das sanções ocidentais contra o Kremlin, provocou uma queda drástica nas exportações de fertilizantes produzidos pelos russos.
“Em nove anos vendendo adubos para produtores de milho e arroz na África Ocidental, nunca vi uma crise de oferta tão severa assim”, afirmou Malick Niang, em entrevista ao The Wall Street Journal. Ele tentou negociar com vendedores de outros países, como Marrocos e Senegal, mas foi informado de que a oferta continuará restrita até o fim deste ano.
O preço dos fertilizantes já era alto antes do conflito no Leste Europeu. Agora, contudo, atingiu níveis recordes. Isso acontece em razão da queda acentuada na oferta russa, segundo a CRU Group, especialista nos mercados de commodities. Ao mesmo tempo, a alta no preço do gás natural — outro insumo fundamental na fabricação de adubos — levou as fábricas europeias a reduzir a produção.
O resultado dessa equação é que os fertilizantes estão de três a quatro vezes mais caros, em comparação com 2020. Isso deve gerar um impacto significativo na renda dos agricultores e no preço dos produtos agrícolas.
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Mas as consequências não param por aí, pois a insegurança alimentar também deve ser acentuada. De acordo com a Global Network Against Food Crises, uma aliança de grupos de ajuda humanitária, aproximadamente 160 milhões de pessoas enfrentaram desnutrição aguda ou foram forçadas a tomar medidas desesperadas para adquirir alimentos no ano passado.
“Estou preocupado com a hipótese de que a invasão da Ucrânia, uma catástrofe para os diretamente envolvidos, também seja uma tragédia para as pessoas mais pobres do mundo, que vivem em áreas rurais e não podem absorver o aumento no preço de alimentos básicos”, disse Gilbert Houngbo, presidente do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola das Nações Unidas.
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O ocidente está gastando seu tempo com cabelos coloridos, cor da pele, pedofilia, maconha, drogas, etc… Perderam “”playboys”” !!
Devemos agradecer esse acontecimento à esquerda, às ONGs e à pressão internacional sobre a Amazônia brasileira.