Milhares de pessoas se reuniram em Teerã, neste domingo, 3, para o 45º aniversário da Crise dos Reféns. Naquele dia, a Embaixada dos EUA no Irã foi tomada, o que levou ao rompimento das relações entre as duas nações.
A manifestação ocorreu em frente ao antigo prédio onde ficavam os representantes do governo norte-americano.
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Bandeiras iranianas e palestinas, além de símbolos do Hezbollah, foram agitadas pelos manifestantes. “Morte a Israel, morte aos Estados Unidos”, gritavam, em frente à antiga embaixada, que agora é um museu.
O ato contou com a presença de líderes militares iranianos. Entre eles, Hossein Salami, comandante-chefe do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica do Irã.
O Irã e a tomada da embaixada dos EUA
Em 4 de novembro de 1979, milhares de pessoas invadiram a Embaixada dos EUA em Teerã. Os invasores eram seguidores do aiatolá Ali Khomeini, líder que havia retornado ao país naquele mesmo ano para comandar uma revolução que tomou o poder local.
Por ocasião da invasão, 52 diplomatas foram mantidos reféns por 444 dias. Em troca da libertação, os iranianos exigiram a extradição do monarca deposto, o xá Mohamed Reza Pahlavi — o que nunca aconteceu. O ato levou ao corte oficial das relações entre os países em 1980.
Antes de Khomeini, a população iraniana vivia em um regime pró-ocidental. Depois da tomada do poder, o país se tornou uma teocracia islâmica. O regime imposto no Irã até os dias de hoje persegue opositores e homossexuais, além de tratar as mulheres como cidadãs de segunda classe e se opor aos EUA.