O Exército de Israel anunciou bombardeios contra o grupo terrorista Hezbollah no sul do Líbano. A ação militar ocorreu neste sábado, 30, três dias depois do cessar-fogo entrar em vigor.
A Defesa israelense afirma que os alvos estavam relacionados ao transporte de armas do grupo terrorista. De acordo com o país judaico, os extremistas violaram o acordo de trégua.
O cessar-fogo no Líbano foi estabelecido na semana passada, depois de meses de destrutivos ataques aéreos e combates. Pelo acordo, as forças israelenses devem se retirar gradualmente do sul do Líbano no prazo de dois meses. O Hezbollah, por sua vez, deve recuar de posições ao norte do Rio Litani e desmantelar sua infraestrutura militar no sul libanês.
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Ainda não está claro, contudo, quando cerca de 1 milhão de pessoas deslocadas pelo conflito poderão voltar para casa em segurança. Israel afirma ter bombardeado o sul do Líbano ao detectar atividades do Hezbollah que representam ameaça e descreveu quatro ataques.
As ações do Exército de Israel contra o Hezbollah
O Exército israelense justificou que um dos alvos, na fronteira do Líbano com a Síria, estava sendo “ativamente usado” pelo Hezbollah para transportar armas. Para os militares de Israel, isso se caracterizou como uma violação do acordo de cessar-fogo.
Os outros três ataques, afirma a Defesa israelense, foram lançados ao identificar integrantes do grupo terrorista se aproximando de estruturas do Hezbollah, carregando armas ou se envolvendo no que descreveu como atividade terrorista. O Exército se recusou a fornecer mais detalhes sobre essas ações.
O Hezbollah não comentou imediatamente os bombardeios. Desde o início do cessar-fogo, na quarta-feira 27, Israel já atacou pelo menos dois outros locais descritos como infraestrutura do Hezbollah. Apesar dos ataques esporádicos, a trégua parecia se manter no Líbano diferente do que ocorre em Gaza, onde as forças israelenses mantém a ofensiva no norte do enclave palestino.
A Defesa Civil Palestina em Gaza, que é controlada pelo grupo terrorista Hamas, acredita que mais de 70 pessoas morreram em ataques em Beit Lahia, ao norte da Cidade de Gaza, mas afirma que não conseguiu acessar o local em razão do bloqueio israelense.
Equipes de resgate estão impossibilitadas de operar no norte de Gaza desde o início da ofensiva israelense, há quase dois meses. O serviço de internet e telefone na área também tem sido instável nos últimos dias, dificultando ainda mais o acesso a informações confiáveis sobre as vítimas.
O Exército de Israel negou os ataques aéreos em Beit Lahia e atribuiu os relatos à “propaganda falsa do Hamas”, embora confirme que mantém a operação contra o Hamas na Faixa de Gaza.
Revista Oeste, com informações da Agência Estado