O governo de Israel proibiu a transmissão do canal de notícias Al Jazeera em seu território. O corte do sinal da emissora se deu nesta segunda-feira, 1º, depois da aprovação de nova lei pelo Parlamento do país judaico.
A medida relacionada ao banimento de canais TV, e que obteve ampla maioria de votos a favor, reflete a postura do governo israelense em relação à imprensa internacional. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou o veículo de comunicação como “terrorista”.
Desde o início da guerra contra o Hamas, deflagrada em 7 de outubro do ano passado, a equipe da Al Jazeera divulga informações repassadas pelo grupo terrorista. A exemplo, o canal divulga os números de mortos na Faixa de Gaza com base nos dados de órgãos controlados pelo grupo extremista.
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Pelas redes sociais, Netanyahu anunciou a proibição do canal árabe na imprensa israelense. Ele segue em recuperação de uma cirurgia de hérnia, realizada no último fim de semana.
“A Al Jazeera prejudicou a segurança de Israel e participou ativamente no massacre de 7 de outubro e incitou contra os soldados das Forças de Defesa”, afirmou Netanyahu. “É hora de retirar o parceiro do Hamas do nosso país.”
A lei aprovada pelo Parlamento de Israel contra a Al Jazeera
A legislação, aprovada por 70 votos a favor e 10 contra, permite proibir a transmissão de conteúdos de canais estrangeiros em Israel. A regra também permite a possibilidade de fechar escritórios de grupos de comunicação no país do Oriente Médio.
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A medida visa especificamente o canal de notícias Al Jazeera, que Netanyahu classificou como “terrorista”. Em janeiro, Israel acusou dois integrantes da equipe da emissora de TV que morreram na Faixa de Gaza de serem “agentes terroristas”.
A implementação da nova lei representa um passo significativo nas relações entre Israel e a imprensa internacional. Um dos principais aliados de Israel, os Estados Unidos sinalizaram que veem a regra com preocupação, pois temem por restrições à liberdade de imprensa.
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A Globolixo e o NYT perderam suas fontes de informação,