Os eleitores em Israel vão às urnas nesta terça-feira, 1º, para eleger os 120 integrantes do Parlamento do país. Este é o quinto pleito legislativo em pouco mais de três anos.
A expectativa é que seja uma disputa acirrada entre o partido do ex-premiê Benjamin Netanyahu e seus oponentes, liderados pelo primeiro-ministro interino, Yair Lapid.
A dissolução do Parlamento israelense foi anunciada em 20 de junho pelo então primeiro-ministro do país, Naftali Bennett. Ele deixou o cargo em julho. Foi substituído por Lapid, que atuava como ministro das Relações Exteriores.
Para tirar do poder o então premiê, Benjamin Netanyahu, depois de 12 anos no cargo, Lapid e Bennett formaram uma coalizão de oito partidos em junho de 2021. O novo governo incluiu siglas árabes de direita, liberais e muçulmanos.
A aliança era considerada frágil por especialistas desde o início em razão da divisão sobre questões políticas, como o conflito Israel-Palestina. Alguns integrantes da aliança abandonaram o governo em abril de 2022. Com isso, o grupo perdeu a maioria parlamentar.
Com um avanço da direita consolidado nas pesquisas eleitorais e a possibilidade do sumiço de partidos importantes do Congresso, o país continua dividido pela mesma figura dominante da política israelense: o ex-premiê Binyamin Netanyahu.
Netanyahu quer voltar a ocupar o cargo de primeiro-ministro. O ex-premiê disse desejar que seu partido, o direitista Likud, conquiste a maioria no Parlamento — pelo menos 61 assentos — para formar um governo de direita com aliados.
No sistema parlamentarista de Israel, tão importante quanto a capacidade de negociar com os demais partidos para formar maioria ― o que significa conquistar, no mínimo, 61 cadeiras ― é conquistar uma margem de segurança que permita manter o gabinete em caso de turbulência, algo que ninguém conseguiu fazer desde 2019.
ביבי-בא למלחה. צאו, הצביעו מחל. pic.twitter.com/aBRDr0hXYx
— Benjamin Netanyahu – בנימין נתניהו (@netanyahu) November 1, 2022