O governo de Israel, sob a liderança de Benjamin Netanyahu, expressou críticas à decisão da Espanha, da Irlanda e da Noruega de reconhecer o Estado palestino, prevista para ser formalizada em 28 de maio. Tel-Aviv emitiu um comunicado nesta quinta-feira, 23.
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Jacob Blitstein, diretor-geral do Ministério das Relações Exteriores de Israel, alegou que a decisão favorece o Hamas e trará consequências mais sérias para as relações bilaterais. Ele alertou Ana Salomon, da Espanha; Sonya McGuiness, da Irlanda; e Per Egil Selvaag, da Noruega, sobre as possíveis repercussões nas relações entre seus países e Israel.
O apoio ao Estado palestino
Os embaixadores assistiram a um vídeo de membros do Hamas invadirem uma base militar em Nahal Oz, próxima à Faixa de Gaza, e capturarem soldados.
Blitstein argumentou que o reconhecimento de seus governos não contribui para a paz e prejudica os acordos para a libertação de reféns. O representante israelense sublinhou que seu país não cessará a contraofensiva na Faixa de Gaza até alcançar seus objetivos.
Israel convocou os três embaixadores para uma conversa e chamou seus representantes em Espanha, Irlanda e Noruega para consultas depois do anúncio do reconhecimento do Estado palestino pelos três países.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, descreveu a decisão como “uma recompensa para os terroristas do Hamas”, enquanto o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que “não se pode conceder um Estado ao mal”.
Israel pretende retomar negociações no Egito
As negociações indiretas entre Israel e o Hamas para uma trégua na Faixa de Gaza serão retomadas “nas próximas horas”, no Cairo. Tel Aviv comunicou ao Egito o interesse em prosseguir com as negociações, conforme relatado por fontes de segurança egípcias à Agência EFE.
O Egito recebeu um pedido de Israel para retomar as negociações sobre uma trégua em Gaza e sobre a troca de reféns por prisioneiros palestinos. As fontes, que preferiram manter o anonimato, destacaram que o diálogo indireto, mediado por Egito, Catar e Estados Unidos, continuará de onde parou — no dia 9 — e não começará do zero.
Não tem diplomacia mais difícil do que a árabe/israelense