O Telescópio James Webb, da Nasa, detectou possíveis galáxias que podem redefinir a compreensão atual sobre a formação de galáxias e a origem do próprio universo. O estudo foi publicado na revista Nature, na quarta-feira 22.
Seis delas teria levado apenas 500 a 700 milhões de anos — velocidade que surpreendeu os cientistas — e são tão maduras quanto a Via Láctea, que possui quase 14 bilhões de anos. A possível descoberta altera a compreensão dos cientistas sobre o início do universo primitivo, visto o surgimento “prematuro” e a massa das galáxias, que não deveriam existir nesse estágio de desenvolvimento do universo.
Galaxies spotted by Webb telescope rewrite understanding of early universe https://t.co/ItlhFpYNOg pic.twitter.com/aQRV4sSKlx
— Reuters (@Reuters) February 22, 2023
“Você simplesmente não espera que o universo primitivo seja capaz de se organizar tão rapidamente”, disse Erica Nelson, co-autora da pesquisa e professora assistente de astrofísica da Universidade do Colorado em Boulder. “Essas galáxias não deveriam ter tido tempo de se formar”.
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Sobre as galáxias que não deveriam existir
Segundo os pesquisadores, as galáxias identificadas são muito maiores “do que o previsto em estudos anteriores”, com quase tantas estrelas quanto a atual Via Láctea, mas compactadas em um espaço menor do que se espera para a massa apresentada.
“Esta é uma descoberta surpreendente e inesperada”, disse Joel Leja, astrofísico da Penn State e coautor do estudo, ao site Deutsche Welle no Brasil. “Pensávamos que as galáxias se formavam em períodos muito mais longos”.
“Embora a maioria das galáxias nesta era ainda seja pequena e apenas cresça gradualmente ao longo do tempo (…) existem alguns monstros que atingem a maturidade rapidamente. Por que isso acontece ou como isso funcionaria ainda é desconhecido”, disse o astrofísico Ivo Labbé, da Universidade de Tecnologia de Swinburne (Austrália), principal autor do estudo.
“Elas são radicalmente diferentes, criaturas verdadeiramente bizarras”, afirma Labbé. “Se a Via Láctea fosse um adulto de tamanho regular e médio, digamos, cerca de 1,75 metro de altura e 70 kg de peso, essas galáxias seriam bebês de um ano de idade pesando o mesmo, mas com menos de sete centímetros de altura. O universo primitivo é um show de horrores.”
Os achados foram baseados no primeiro conjunto de dados do James Webb, divulgado pela Nasa em julho do ano passado.
O mistério da matéria escura
A formação de galáxias após o Big Bang aparentemente dependeu de um material misterioso chamado de “matéria escura”, que é invisível para o olho humano, mas é conhecido pela influência gravitacional que exerce sobre a matéria normal. “A principal teoria é que um oceano de matéria escura preencheu o universo primitivo após o Big Bang”, explicou Labbe ao DW.
“Essa matéria escura — não sabemos o que realmente é — começou muito suave, com minúsculas ondas”, contou. “Estas cresceram ao longo do tempo devido à gravidade e, eventualmente, a matéria escura começou a se acumular em aglomerados concentrados, arrastando o gás hidrogênio ao longo do caminho. Esse hidrogênio gasoso é o que acabou se transformando em estrelas. Aglomerados de matéria escura, gás e estrelas são o que chamamos de galáxia”.
OH!!!!!
Perguntei à inteligência artificial do openai.com qual é o fator principal que diferencia o universo atual do primitivo e recebi a resposta a seguir:
“O principal fator que diferencia o universo atual do universo primitivo é o processo de expansão cósmica. De acordo com a teoria do Big Bang, o universo começou a partir de um estado quente, denso e extremamente compacto, cerca de 13,8 bilhões de anos atrás. Desde então, o universo tem se expandido e esfriado continuamente.
Nos primeiros momentos após o Big Bang, o universo era extremamente quente e denso, e consistia principalmente de partículas subatômicas. Conforme o universo se expandia e resfriava, essas partículas se combinavam para formar átomos, que eventualmente se agrupavam em estrelas e galáxias.
Hoje, o universo é vasto e em constante expansão, contendo bilhões de galáxias, cada uma com bilhões de estrelas. A matéria que compõe o universo atual também é mais complexa do que no universo primitivo, pois inclui elementos pesados formados em supernovas e outros processos estelares. Além disso, a existência de estruturas como planetas e sistemas solares é um fenômeno que só é possível em um universo que evoluiu por bilhões de anos após o Big Bang.”
Esse texto está mal escrito. Supõe que a realidade – a natureza como ela é – apresenta-nos algo de enganoso, que não encaixa nos conhecimentos científicos atuais. Ora, a posição do homem, do cientista, de todos nós é APRENDER com o que vemos. Além disso, assumir que o que já é conhecido não abarca tudo. No meu modo de ver e de acordo com o texto, falta-nos sair um pouco da ocular do telescópio e pensar um pouco mais. Vai ajudar a montar adequadamente as peças.
parabens. Excelente observaçao !
“Show de horrores” não é o universo primitivo e sim a arrogância da “ciência” que cada vez que é confrontada com a sua ignorância coloca a culpa no objeto estudado…
Show de Horrores é a mistureba que o homem faz com a ciencia, a filosofia e religiao tentando encontar denominador comum….. tsk, tsk…..