O Telescópio Espacial James Webb, da Nasa, detectou evidências de três possíveis “estrelas escuras” no Universo. Os cientistas procuram por esse tipo de astro há mais de 15 anos, considerado por muitos como algo apenas hipotético, nunca observado.
Em dezembro do ano passado, os pesquisadores identificaram as estrelas incialmente como algumas das primeiras galáxias conhecidas no Universo. No entanto, elas podem ser estrelas escuras bem grandes. O estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, em 11 de julho.
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De acordo com os especialistas, essas três estrelas são feitas quase inteiramente de hidrogênio e hélio — os dois elementos presentes durante o início do universo — com 0,1% de sua massa na forma de matéria escura. Além disso, os astros provavelmente datam do começo da história do universo: 1) de 330 milhões de anos depois do big bang; 2) de 370 milhões de anos; 3) de 400 milhões de anos após o fenômeno.
Possível matéria escura nas misteriosas estrelas
Diferente das estrelas comuns, alimentadas pela fusão de átomos, como o Sol, as que foram descobertas pelo James Webb teriam um pouco da misteriosa matéria escura em sua estrutura. Esse material invisível é conhecido com base em seus efeitos gravitacionais em escala galáctica.
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Entre planetas, estrelas, asteroides e outros objetos celestes, há uma grande quantidade de elementos de natureza desconhecida no cosmos, que afetam gravitacionalmente a dinâmica das galáxias e do Universo em si. Essas substâncias se encaixam na categoria “matéria escura”. Até o momento, os astrônomos não conseguiram identificar do que se tratam.
Acredita-se que a matéria escura seja formada por objetos compactos e supermassivos, como buracos negros, ou partículas hipotéticas e quase indetectáveis conhecidas como neutrinos inertes.