O número de nascimentos no Japão caiu para seu menor número em 2023. Já são oito anos consecutivos de queda na taxa de natalidade. Os dados fazem parte de um levantamento preliminar do governo japonês e foram divulgados nesta terça-feira, 27.
Em comparação com 2022, houve uma redução de 5,1% no número de nascimentos, totalizando cerca de 758,6 mil. Os casamentos diminuíram 5,9%, alcançando aproximadamente 489,2 mil, sendo a primeira vez em 90 anos que o número ficou abaixo de 500 mil.
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A redução nos casamentos é significativa e, para a sociedade local, indica um possível aumento da queda nos índices demográficos, já que nascimentos fora do matrimônio são raros no Japão.
Segundo a agência de notícias Reuters, quando questionado sobre os dados mais recentes, o principal porta-voz do governo disse que a gestão tomará “medidas sem precedentes” para lidar com a queda da taxa de natalidade. As medidas incluem a expansão da assistência à infância e aumentos salariais para trabalhadores jovens.
“A queda da taxa de natalidade está em uma situação crítica”, disse o secretário-chefe do gabinete, Yoshimasa Hayashi. “Os próximos seis anos ou mais, até 2030, quando o número de jovens diminuirá rapidamente, serão a última chance de reverter a tendência.”
Japão e Coreia do Sul são os países com as menores taxas de natalidade do mundo
Atento ao potencial impacto social e econômico e às pressões sobre as finanças públicas, o premiê do Japão, Fumio Kishida, chamou a tendência de “crise mais grave que nosso país enfrenta”. Nesse sentido, revelou uma série de medidas para apoiar os lares com crianças no final do ano passado.
A população do Japão provavelmente diminuirá cerca de 30% para 87 milhões até 2070, com quatro em cada dez pessoas tendo 65 anos ou mais. As estimativas partem do Instituto Nacional de Pesquisa da População e da Seguridade Social.
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Vizinha do Japão, a Coreia do Sul recentemente superou o país nipônico e se tornou o país com a menor taxa de natalidade do mundo. Segundo informações do site do canal de TV CNN Brasil, a queda nos nascimentos preocupa o governo sul-coreano, que estuda medidas para incentivar o aumento de casamentos entre os jovens.
De acordo com estatísticas do governo sul-coreano, divulgadas em dezembro de 2023, o número de partos por mulher durante a sua vida deverá cair de 0,78, em 2022, para 0,65, em 2025.
No caso da Coreia do Sul, diferenças ideológicas entre homens e mulheres e a situação socioeconômica do país são alguns dos fatores que podem influenciar a redução dos nascimentos. O fenômeno nos países do leste asiático está sendo chamado de “bomba-relógio demográfica”.