Na quarta-feira 20, o jornal digital La Presse, de Montreal, no Canadá, publicou uma charge comparando o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu ao vampiro do filme Nosferatu, de 1922.
O desenho mostra Netanyahu com orelhas pontiagudas, nariz avantajado e garras. Ele está pé no convés de um barco, evocando o personagem da película homônima. No rodapé da imagem, estão os dizeres “Nosfenyahu a caminho de Rafah”.
Internautas repreenderam a forma que o premiê israelense foi retratado e acusaram o La Presse de antissemitismo. Isso ocorreu pela forma exagerada que o nariz de Netanyahu foi desenhado na charge.
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O “nariz de judeu” é um estereótipo étnico que associa um narizes grande e aduncos à comunidade judaica. Durante o regime da Alemanha Nazista, esse traço facial foi explorado como uma ferramenta central nas propagandas publicitárias antissemitas de Adolf Hitler.
O diretor do La Presse se desculpou e afirmou que a charge era uma crítica ao governo de Netanyahu, e não ao povo judeu. Políticos canadenses e líderes judeus criticaram a caricatura. O primeiro-ministro Justin Trudeau disse que a referência utilizada pelo jornal é inaceitável, e que o antissemitismo não é justificável de forma alguma.
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A imagem foi retirada do ar no mesmo dia, mas obteve grande repercussão. Stephanie Grammond, editora chefe do La Presse, afirmou que a publicação nunca teve a intenção de promover o antissemitismo ou estereótipos prejudiciais.
Netanyahu recebe governadores brasileiros em Israel
Na terça-feira 19, os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) se reuniram com o presidente de Israel, Isaac Herzog e com o primeiro-ministro do país judaico, Benjamin Netanyahu. Os encontros foram em reuniões separadas.
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Eles pediram desculpas pela declaração do mandatário petista Luiz Inácio Lula da Silva ao comparar as ações militares israelenses em Gaza ao Holocausto de Hitler.
O governador de São Paulo reafirmou a solidariedade ao povo de Israel e o repúdio ao terrorismo, com os “votos de sucesso nas tratativas para libertação dos reféns e construção de um caminho para a paz”.
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Nada a ver, Netanyahu é líder de uma nação democrática e que age em legítima defesa, é vítima, inclusive desse tipo de mensagem anti-semita.