A jornalista Sherine Abu Aqla, de 51 anos, foi morta nesta quarta-feira, 11, durante cobertura de conflito entre manifestantes palestinos e forças militares israelenses. A repórter da emissora Al Jazeera, de nacionalidade palestina e norte-americana, foi atingida por um tiro na cabeça e não resistiu.
Em nota, a Al Jazeera acusou as forças militares israelenses de matar a jornalista Abu Aqla a ‘sangue frio’. A versão foi contestada pelo primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, que atribuiu o incidente a rebeldes da Palestina.
“De acordo com as informações que coletamos, parece provável que palestinos armados, que estavam atirando indiscriminadamente, foram os responsáveis pela infeliz morte da jornalista”, afirmou o primeiro-ministro, em comunicado.
“Israel pediu aos palestinos que conduzam uma análise conjunta, que seria baseada em toda a documentação e evidências existentes, a fim de chegarmos à verdade. Até agora, os palestinos recusaram essa oferta.”
Segundo a Al Jazeera, outro membro da equipe foi baleado nas costas e está em condição estável no hospital. O profissional de imprensa também acusou os israelenses de execução, segundo a emissora.
“Nós íamos filmar a operação do Exército israelense e, de repente, eles atiraram em nós sem pedir para sairmos ou parar de filmar”, disse a Al Jazeera, citando o produtor Ali Samoudi. “A primeira bala me atingiu e a segunda atingiu Sherine.”
⚡ Here’s what veteran Al Jazeera journalist Shireen Abu Akleh meant to those who grew up watching her coverage of Palestine ⤵
Shireen was shot and killed by Israeli occupation forces whilst covering a story in the occupied West Bank. https://t.co/7uC0VX8HNt
— Al Jazeera English (@AJEnglish) May 11, 2022
Tom Nides, embaixador dos Estados Unidos em Israel, manifestou estar ‘muito triste’ ao saber da morte da cidadã norte-americana e encorajou uma investigação completa sobre as circunstâncias do incidente envolvendo a jornalista na Palestina.
Sherine Abu Aqla era baseada no Catar e era especialista na cobertura da questão palestina. A repórter da Al Jazeera era um dos poucos rostos femininos dedicados ao tema.