Uma adolescente iraniana ferida depois de uma agressão no metrô de Teerã, morreu neste sábado, 28, segundo a imprensa estatal iraniana. Organizações afirmam que ela foi agredida pela polícia da moralidade do país por não usar o lenço na cabeça.
“Infelizmente, o dano cerebral fez com que a vítima passasse algum tempo em coma e ela morreu há poucos minutos”, disse o comunicado da IRNA.
Armita Geravand, 16 anos, morreu um ano depois da morte de Mahsa Amini, de 22 anos, que gerou protestos em todo o país na época.
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O caso aconteceu poucas semanas depois de o Irã ter aprovado uma legislação que impõe penas muito mais severas às mulheres que violam as regras de utilização do hijab do país.
A morte da adolescente ameaça reacender a raiva popular, especialmente porque as mulheres em Teerã e noutros lugares ainda desafiam a lei do véu obrigatório, como um sinal de descontentamento com a teocracia iraniana.
O ocorrido gerou dúvidas depois de e jovem entrar no trem. Enquanto uma amiga disse à televisão estatal iraniana que Armita bateu a cabeça na plataforma, a filmagem silenciosa transmitida pela emissora do lado de fora do vagão é bloqueada por um espectador.
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A reportagem da TV, no entanto, não inclui nenhuma filmagem do interior do trem e não ofereceu nenhuma explicação sobre o motivo pelo qual não foi divulgada. A maioria dos vagões do metrô de Teerã possui várias câmeras, que podem ser visualizadas pelo pessoal de segurança.
A televisão estatal iraniana tem histórico de transmitir centenas de confissões coagidas
No início de outubro, a Organização Hengaw para os Direitos Humanos, com sede na Noruega, que se concentra nos direitos curdos, afirmou que a jovem foi agredida pela polícia da moralidade e entrou em coma.
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Outra rede de oposição, a IranWire, pontuou que ela foi internada com traumatismo craniano.
Awyer Shekhi, funcionária da Hengaw, ressaltou que policiais mulheres pediram que ela ajustasse seu hijab. “Este pedido resultou em uma altercação com os policiais da moralidade, que agrediram fisicamente Armita”, disse Awyer. “Ela foi empurrada, levando ao seu colapso.”
Autoridades iranianas negaram as acusações, alegaram que Armita foi hospitalizada devido a um ferimento causado por pressão arterial baixa.
Amigos e familiares disseram a mesma coisa em entrevistas a meios de comunicação estatais, entretanto, suspeita-se que podem ter sido obrigados a isso. A televisão estatal iraniana tem histórico de transmitir centenas de confissões coagidas.
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A Organização Hengaw publicou uma fotografia de Armita em coma e renovou no sábado seus apelos a uma investigação internacional independente. “Durante os últimos 28 dias, a República Islâmica do Irã tentou distorcer a narrativa do assassinato governamental desta adolescente”, alegou o grupo.
Funcionários da ONU e grupos de direitos humanos acusaram anteriormente as autoridades iranianas de pressionarem as famílias dos manifestantes mortos a fazerem declarações de apoio à narrativa do governo.
O Parlamento do Irã aprovou em setembro a chamada “lei do hijab” sobre o uso de vestuário, que, se violado, pode levar até 10 anos de prisão.
O Irã e o vizinho Afeganistão governado pelos Taliban são os únicos países onde o hijab continua obrigatório para mulheres.
Parceiros do luladrão. As feminazi ficam confusas…
Região do mundo só faz promover cada vez mais perseguição insana por motivo tosco, mulheres crianças e animais sofrem torturas e mundo ainda defende essa de aiatolá e outras merdas
Acho que todas as mulheres esquerdista que apoiam o Hamas aqui n Brasil deveriam ser obrigadas a usar o Hijab.
Não merecem ser vistas.