Um dos três processos em curso contra o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, foi suspenso nesta segunda-feira, 25. A juíza federal Tanya Chutkan, do Distrito de Columbia, decidiu encerrar a ação referente a acusações de suposta ingerência eleitoral e instigação dos protestos no Capitólio, em janeiro de 2021.
Em um documento judicial, Tanya observou que a promotoria pediu o arquivamento do caso e que a defesa de Trump não se opôs. Assim, ela pôde encerrar o processo.
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A decisão da juíza atende a um pedido do promotor especial Jack Smith. Ele argumentou que, com a eleição de Trump para um novo mandato, os regulamentos do Departamento de Justiça o impedem de processar um presidente em exercício.
These cases, like all of the other cases I have been forced to go through, are empty and lawless, and should never have been brought. Over $100 Million Dollars of Taxpayer Dollars has been wasted in the Democrat Party’s fight against their Political Opponent, ME. Nothing like…
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 25, 2024
Smith retirou as duas acusações criminais contra Trump em tribunais federais. Uma era sobre a suposta responsabilidade nos protestos no Capitólio e foi dirimida no Distrito de Columbia. O outro caso tratava dos documentos confidenciais que o republicano levou da Casa Branca para sua residência em Mar-a-Lago e que estava sob análise na Justiça da Flórida.
Os promotores enfrentaram dificuldades para progredir em ambos os casos desde que a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu, em julho, que os ex-presidentes do país desfrutam de ampla imunidade contra processos.
A reação de Trump ao fim do processo
Ao saber da decisão judicial, Donald Trump se referiu às investigações como um “sequestro político”. Disse ainda que o fato de algo assim ter acontecido foi um ponto baixo na história dos EUA. “No entanto, perseverei e, contra todas as probabilidades, venci”, disse ele, em publicação nas redes sociais.
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Durante a campanha, Trump prometeu demitir Jack Smith e ordenar o arquivamento dos casos em seu primeiro dia na Presidência.
Outras ações judiciais contra o presidente eleito dos EUA
O presidente eleito da maior economia do mundo ainda enfrenta outras acusações em tribunais federais e estaduais. Trump é réu em um processo na Geórgia, por suposta ingerência nas eleições de 2020. Esse caso, no entanto, foi afetado por alegações de conflito de interesse por parte da promotora Fani Willis.
A defesa de Trump argumentou que o relacionamento pessoal de Fani com o advogado Nathan Wade, contratado por ela para liderar as investigações, poderia comprometer a imparcialidade do caso.
Em maio, Trump se tornou o primeiro ex-presidente dos EUA a ser condenado por um crime. O tribunal do Estado norte-americano de Nova York declarou o então candidato culpado de falsificar registros comerciais para comprar o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels. A sentença desse caso, porém, foi adiada para uma data ainda não definida.