O Tribunal Constitucional do Peru ordenou nesta terça-feira, 5, a liberação imediata do ex-presidente Alberto Fujimori. À frente do país de 1990 a 2000, ele está preso há mais de 15 anos por participação intelectual na morte de ao menos 25 pessoas, além de responder por sequestros durante o seu governo.
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A Corte peruana deu um prazo de apenas 24 horas para a libertação do ex-presidente do Peru. Fujimori tem 85 anos.
O documento afirma que a decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) — de que o Estado peruano deve se abster de libertar Fujimori — “contradiz a execução da sentença constitucional no presente caso”. Sobre o parecer da CIDH, o Tribunal Constitucional do Peru afirma que há “falta de jurisdição”.
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O advogado de Alberto Fujimori, Elio Riera, disse que a libertação ocorreria nesta quarta-feira, 6. De acordo com ele, a libertação da cadeia não foi imediata em decorrência de procedimentos administrativos.
A condenação de Alberto Fujimori, ex-presidente do Peru, que deixará a prisão graças a uma decisão da Justiça
Em dezembro de 2007, o ex-presidente do Peru Alberto Fujimori recebeu a sua primeira condenação. Na ocasião, ele foi condenado por haver ordenado a um oficial militar que se passasse por promotor público para invadir ilegalmente a casa de Trinidad Becerra, mulher de seu ex-assessor Vladimiro Montesinos. A invasão teria ocorrido com o intuito de fazer desaparecer um grupo de vídeos que demonstravam como Montesinos subornou dirigentes políticos, empresas privadas e governos locais para se aproximarem do governo federal.
Em abril de 2009, Fujimori foi condenado a 25 anos de prisão pelo assassinato de nove estudantes e um professor em La Cantuta e de outras 15 pessoas, incluindo uma criança de 8 anos, em Barrios Altos. O ex-presidente também foi condenado pela Justiça do Peru pelos sequestros do jornalista Gustavo Gorriti e do empresário Samuel Dyer, crimes que ocorreram em abril de 1992.
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Ainda em 1992, Fujimori foi condenado por mais um crime: apropriação ilegal de US$ 15 milhões dos cofres nacionais. Em 2015, o ex-presidente peruano recebeu mais duas condenações, ambas relacionadas à prática de corrupção.
Filha de Fujimori, Keiko foi candidata a presidente do Peru em 2021. Um ano antes, ela chegou a ficar três meses detida.
Revista Oeste, com informações da Agência Estado